Treinador assume que não desejava sair do Barcelona, mas diz que Laporta é que tem de dar explicações
No dia em que fez o último jogo como treinador do Barcelona, Xavi voltou a admitir que não partiu dele a decisão de sair.
«Queríamos continuar, mas são decisões tomadas pelo clube. Pensávamos que isto não estava terminado, mas entendemos e respeitamos», começou por dizer após a vitória sobre o Sevilha (2-1) na última jornada de La Liga.
O técnico foi questionado repetidamente sobre a razão pela qual sai, mas repetiu que não é ele quem tem de o explicar.
«Não me cabe a mim dizer os motivos para a minha saída. É o presidente que tem de o dizer. Não interessa. A decisão está tomada e não vale a pena olhar para trás», disse, defendendo ainda que nunca teve tranquilidade para trabalhar.
«Acho que tudo o que fiz nestes dois anos e meio causaram um terremoto. Apontaram-me o dedo muitas vezes. Não pude trabalhar com tranquilidade e calma. Ainda há um mês pedíamos estabilidade. Mas isto é futebol e a vida de um treinador. É uma pena, mas tenho de aceitar», lamentou.
Xavi lembrou ainda a situação em que encontrou o clube e a capacidade de levar os blaugrana ao título na época passada, referindo não se ter sentido valorizado.
«Sinto que não se valorizou muito o trabalho que fizemos na situação adversa em que viemos. O Barcelona era nono quando chegámos. Acabámos em segundo. No primeiro ano completo, fizemos a dobradinha. E este ano estivemos à altura e perdemos por quatro jogos-chave», terminou.
Fonte: A Bola