Johannesburg, a cidade mais rica da África precisa de US$ 12 bilhões para consertar infraestruturas

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O conselho municipal da cidade discutiu o déficit no final do mês passado e detalhou a situação em documentos vistos pela Bloomberg, que avançou com a notícia.

O fato ocorre numa altura em que quedas de energia regulares — resultado de falhas na rede de distribuição — atingem grandes áreas de Joanesburgo. Os citadinos queixam-se do crescimento de buracos nas rodovias sem que seja colocada qualquer sinalização, chegando a durar meses, e partes da cidade ficaram sem água por até 11 dias em março.

De acordo com a Bloomberg, sobre a rede rodoviária, particularmente, citando as autoridades da municipalidade, o acúmulo da situação “destaca riscos significativos para a segurança pública, segurança económica e meio ambiente se não for abordado”.

“Ignorar o acúmulo pode levar à deterioração de estradas, pontes inseguras, inundações e aumento de acidentes”, acrescenta.

A cidade mais rica de África tem um acúmulo de US$ 12 bilhões em infraestrutura. A turbulência financeira e política nos últimos anos tem assolado a cidade de cerca de 5 milhões de pessoas que teve oito prefeitos desde 2019 devido às constantes mudanças de coligações.

No mês passado, o Conselho Municipal de Joanesburgo impôs aumentos acima da inflação para serviços públicos e tarifas e forçou um empréstimo de 2,5 bilhões de rands da Agence Française de Développement, apesar das objeções iniciais dos partidos de oposição.

Os documentos a que a Bloomberg teve acesso mostram que a cidade não atingiu sua meta anual de investimento em infraestrutura hídrica todos os anos desde pelo menos 2008 e que sua concessionária de eletricidade, City Power, tem “necessidades urgentes de atualizações e substituições para garantir a confiabilidade e a segurança da rede”.

Um outro documento, datado de 6 de março, mostra que a cidade está com dificuldades para arrecadar receitas de grandes clientes, incluindo departamentos governamentais e empresas, com 6,1 bilhões de rands em pagamentos com mais de 90 dias de atraso.

Fonte: O Económico

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