Semana Mundial do Aleitamento Materno 2024: Moçambique aumenta a amamentação exclusiva em 14,5 por cento desde 2013

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[imgep]

Maputo, Moçambique – Moçambique conseguiu um aumento de 14,5 por cento nas taxas de amamentação exclusiva desde 2013, o segundo maior aumento na região da África Oriental e Austral e o nono maior a nível mundial. A taxa de amamentação exclusiva em Moçambique situa-se atualmente em 56%, ultrapassando a meta da OMS de 50% até 2025.

A chave para este sucesso é atribuído ao forte empenho do Governo e dos parceiros, incluindo o UNICEF, e o investimento em intervenções de Nutrição a nível comunitário, apoiadas por actividades de sensibilização. Apesar destes progressos, são necessários esforços adicionais para aumentar ainda mais as taxas de aleitamento materno exclusivo se quisermos alcançar o objetivo da OMS de 70% até 2030.

Os dados que mostram este aumento foram hoje divulgados pelo UNICEF para coincidir com o início da Semana Mundial do Aleitamento Materno, que se realiza globalmente na primeira semana de Agosto de cada ano com objectivo de gerar consciência no seio da população em geral e fortalecer o apoio à amamentação.

O lema global da Semana Mundial do Aleitamento Materno 2024 é “Reduzir a Lacuna: Apoio à Amamentação para Todos!”, um lema que procura concentrar-se na necessidade de melhorar o apoio ao aleitamento materno como uma acção fundamental para reduzir a desigualdade na saúde e proteger o direito das mães e dos bebés a sobreviver e a prosperar e também no progresso alcançado no aumento das taxas de amamentação, enquanto identifica as áreas onde será necessário mais apoio atingir as metas da OMS até 2025.

Desde 2017, com o apoio do UNICEF e de parceiros como a União Europeia, o Banco Mundial, a USAID, o Ministério da Saúde de Moçambique implementa o “Pacote de Intervenções de Nutrição-PIN”. Esta iniciativa capacita agentes Comunitários de Saúde  para proverem aconselhamento adequado aos cuidadores de crianças menores de 2 anos sobre amamentação exclusiva, alimentação complementar e higiene, água e saneamento. O pacote inclui ainda a suplementação com vitamina A e micronutrientes, desparasitação e promoção e monitoria do crescimento para crianças com menos de 2 anos de idade.

Os Agentes Comunitários de Saúde fazem demonstrações culinárias sobre como utilizar ingredientes locais para preparar refeições saudáveis e nutritivas, utilizando ingredientes como a papaia, o amendoim, a abóbora e os vegetais locais. Isto é fundamental para melhorar o estado nutricional das crianças em Moçambique, onde apenas 14 por cento das crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 23 meses recebem actualmente um padrão mínimo de diversidade alimentar.

Estas intervenções são acompanhadas por um investimento robusto a nível comunitário e pela intensificação da comunicação em torno da amamentação através da rádio,  televisão, do teatro comunitário e das redes sociais.

Embora o aumento de 14,5% seja impressionante, as taxas de amamentação exclusiva deverão aumentar ainda mais para reduzir as taxas de mortalidade neonatal e infantil e de desnutrição, que se mantêm elevadas. 24 em cada 1000 crianças morrem durante os primeiros 28 dias de vida e quase 1 em cada 3 crianças com menos de cinco anos sofre de atraso de crescimento. O próximo objetivo é atingir a meta do UNICEF e da OMS de 70% de aleitamento materno exclusivo até 2030.

A chave para o sucesso serão os esforços contínuos para reforçar a prestação global de serviços de cuidados maternos e neonatais, incluindo o aconselhamento e rastreio nutricional ao nível da comunidade, combinados com esforços para combater a desinformação e promover práticas positivas de higiene. Estas são áreas em que o UNICEF, com o apoio dos parceiros, está a apoiar ativamente o Governo de Moçambique. Em todo o país, mais de 3.9 milhões de cuidadores de crianças menores de 2 anos receberam aconselhamento sobre aleitamento materno exclusivo a nível comunitário.
 

Fonte: UNICEF

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