O petróleo subiu – após o maior salto diário em um mês – com os stocks de petróleo dos EUA registando seu terceiro declínio semanal consecutivo.
O Brent aproximou-se dos US$ 86 por barril, depois de ter avançado 1,6% na quarta-feira, 17 de Julho, com o West Texas Intermediate acima dos US$ 83. Os inventários nacionais diminuíram 4,87 milhões de barris na semana passada, atingindo o nível mais baixo desde Fevereiro. Enquanto os stocks normalmente diminuem nesta época do ano, eles estão abaixo da média sazonal de cinco anos.
O petróleo permanece em alta para o ano até à data, ajudado pelos cortes de fornecimento da OPEP+, que compensaram o aumento da produção de países fora do cartel. As expectativas de uma política monetária mais frouxa nos EUA também ajudaram o petróleo, tanto pelo aumento do apetite por activos de risco como pelo enfraquecimento do dólar americano. Um dólar mais barato torna as mercadorias cotadas nesta moeda mais atractivas para a maioria dos compradores.
Os prazos, entretanto, fortaleceram-se, sinalizando uma procura robusta a curto prazo. A diferença entre os dois contratos mais próximos do Brent, conhecida como o “prompt spread”, é de mais de 1 dólar por barril em “backwardation” – quando o contrato mais próximo é negociado acima do seguinte. Isto compara-se com 80 cêntimos há um mês atrás.
Os futuros estão “a sair de uma série de perdas, com uma correcção substancial do dólar americano a apoiar os preços do petróleo”, disse Priyanka Sachdeva, analista de mercado sénior da corretora Phillip Nova Pte. Além disso, a redução maior do que o previsto nos inventários dos EUA, um sinal de demanda robusta, superou as preocupações com o crescimento económico chinês, disse ela.
Fonte: O Económico
