Cerca de 73% da população moçambicana não tem acesso aos serviços de Internet em Moçambique, revelam dados actualizados do Ministério dos Transportes e Comunicações.
“Somos desafiados a mudar de paradigma, identificando soluções inovadoras, amigas do ambiente que contem com o envolvimento activo do sector privado para prover Internet a todos”, disse o Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, no lançamento do projecto VaMoz Digital, que teve lugar hoje em Maputo.
O VaMoz é uma iniciativa com o suporte da União Europeia, Organização Internacional das Telecomunicações (UIT) e o Governo Italiano através da Agência de Cooperação Internacional.
Segundo, Magala, a evolução do capital humano na área de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) deve constituir uma das prioridades do programa VaMoz Digital .
“Não temos como conduzir um processo de transformação digital sem técnicos altamente capacitados em matéria de cibersegurança, inteligência artificial, robótica, redes de 5 geração, só para citar alguns exemplos “, disse Magala.
O Governo espera que a equipe técnica de implementação da VaMoz Digital, apresente propostas concretas da reforma legal e novos modelos de negociação no âmbito da economia digital, partilha de espectro, infra-estruturas e incentivos para cobertura rural dos serviços de Internet.
Por seu turno, a Comissária Europeia, Jutta Urpilainen, explicou que a revolução digital tem estado a trazer conexões aceleradas.
Por isso, entende que o seu maneio deve ser cauteloso para libertação de todo potencial beneficiando a todos e de forma justa.
“A nossa estratégia de investimento global coloca confiança nas infra-estruturas digitais para uma boa governação, desenvolvimento de negócios usando recursos tecnológicos”, disse Urpilainen.
O projecto VaMoz Digital visa, entre vários objectivos, estimular o investimento do sector privado, financiamento, formação de meninas, mulheres e pessoas com deficiência, promoção da inclusão, com foco na juventude.
“Este é um país da juventude. Mas de 50% dos cidadãos têm entre 10 e 35 anos de idade e é por isso que precisamos prestar atenção “, disse.
Fonte: O Económico