A produção de petróleo dos Estados Unidos e a demanda global de petróleo provavelmente registarão recordes maiores este ano do que o esperado anteriormente, revelou a Administração de Informações sobre Energia dos Estados Unidos na terça-feira, 11/06.
Espera agora a agência que a produção de petróleo dos EUA cresça cerca de 310,000 barris por dia (bpd) para 13.24 milhões de bpd este ano, cerca de 40,000 bpd acima de sua previsão anterior em Maio. Prevê-se que a produção dos EUA seja de cerca de 13,71 milhões de bpd no próximo ano, ligeiramente abaixo da anterior previsão de 13,73 milhões de bpd.
A procura global de petróleo este ano também deverá ser superior às estimativas, que já apontavam para máximos históricos, de acordo com a edição de Junho das perspectivas energéticas a curto prazo da EIA.
O consumo mundial de petróleo bruto e de combustíveis líquidos deverá aumentar em 1,1 milhões de bpd para 103 milhões de bpd este ano, segundo a EIA. Este valor compara-se com uma previsão anterior de cerca de 102,8 milhões de bpd.
A procura global de petróleo deverá aumentar para 104,5 milhões de bpd no próximo ano, segundo a EIA, ligeiramente superior à sua previsão anterior de 104,3 milhões de bpd.
As revisões em alta do crescimento da demanda, apesar das recentes preocupações com a desaceleração do consumo, tornaram o relatório modestamente positivo para os mercados de petróleo, disse o analista do UBS Giovanni Staunovo.
Staunovo também observou que a agência reduziu as previsões de produção mundial de petróleo para este ano.
A EIA prevê agora uma produção mundial de petróleo de cerca de 102,6 milhões de bpd, em comparação com a sua previsão de 102,8 milhões de bpd em maio. O ajustamento foi efectuado devido ao facto de o grupo de produtores OPEP+ ter anunciado planos para aumentar a produção a partir do quarto trimestre, enquanto a EIA esperava que o grupo de produtores avançasse mais cedo.
O aumento mais lento dos fornecimentos da OPEP+ deverá conduzir a uma diminuição das existências mundiais de petróleo durante o primeiro trimestre do próximo ano e exercer uma pressão no sentido da subida dos preços do petróleo, afirmou a EIA.
Fonte: O Económico