O projecto a ser liderado pela empresa sul-africana Coven Energy, em colaboração com a Companhia Nacional de Petróleo do Zimbabué (NOIC, na sigla em inglês), prevê a construção de um oleoduto petrolífero estimado em US$ 3 mil milhões.
Segundo a publicação da BNN Bloomberg, citado pelo “Diário Económico”, o projecto conta com parceiros internacionais e figura-se como “um testemunho do compromisso da região no sentido de melhorar a segurança energética e a integração económica”.
“Com a NOIC preparada para garantir uma participação de 50% no âmbito de um acordo de joint venture, os fundamentos financeiros do projecto revelam uma combinação de capital próprio e financiamento à base de empréstimos.
Eddie Cross, antigo conselheiro do estadista zimbabueano, Emmerson Mnangagwa, destacou o plano de implementação faseada, começando pelo reforço da capacidade do Porto da Beira, crucial para satisfazer as crescentes necessidades de importação de combustível da região”, afirmou o canal canadiano.
A BNN Bloomberg avança que apesar do plano ambicioso e do trabalho de base substancial estabelecido, incluindo um investimento de US$ 2 milhões em estudos de viabilidade, a fruição do projecto depende da obtenção de aprovações de todas as nações participantes, incluindo Moçambique.
“Foi criado um comité interministerial para facilitar o diálogo e a coordenação. No entanto, o calendário permanece incerto, uma vez que as partes interessadas aguardam ansiosamente a aprovação de Moçambique para impulsionar o projecto para a sua próxima fase, abrangendo a expansão da infra-estrutura de gasodutos para Harare e mais além”, frisou.
A realização deste projecto poderá alterar significativamente as redes de distribuição de energia da África Austral, aumentando a eficiência, reduzindo a dependência do transporte rodoviário e potencialmente estabilizando os preços dos combustíveis em toda a região.
“No entanto, a jornada rumo a este objectivo ambicioso está repleta de complexidades, exigindo negociações diferenciadas e estratégias adaptativas para navegar nos cenários geopolíticos e financeiros. À medida que a expectativa aumenta, o resultado deste projecto poderá servir como um indicador para a cooperação regional na África Austral, oferecendo lições valiosas na harmonização das ambições económicas com as realidades práticas”, salientou.
Fonte: O Económico