Kokçu perdoado, época especial, Di María, regresso de Bah e Bernat: tudo o que disse Roger Schmidt

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Treinador abordou vários tópicos na conferência de imprensa antes do jogo frente ao Chaves

Roger Schmidt considerou, na conferência de imprensa antes do jogo contra o Chaves, para a 27.ª jornada, que a equipa está pronta para lutar pelos três títulos à disposição, numa «época especial», mas que o Chaves não vai facilitar a vida aos encarnados. A questão com Kokçu está resolvida, Di María está bem apesar das ameaças à sua família, Bah vai a jogo e Bernat está a recuperar bem. Leia tudo o que o treinador das águias disse:

— Como foi para si preparar este jogo com o Chaves sem os jogadores presentes nas seleções?

— Muitos jogadores fora sim, mas foi uma boa oportunidade para descansar e para voltar a treinar. Estivemos bem esta semana, e estamos felizes por voltar a jogar depois da pausa para seleções. Os jogadores que estavam com as seleções voltaram em boa forma, um pouco cansados, mas sem lesões, que era o que tinha mais receio que acontecesse. Estamos em boa forma, o primeiro jogo a seguir à pausa é sempre exigente, mas estamos prontos. É uma fase decisiva da época, e tudo o que fizemos nos últimos oito ou nove meses foi para estarmos prontos para estas últimas seis ou sete semanas, em que estamos em três competições. É uma época especial, estamos no fim e ainda podemos ganhar três troféus. Temos de usar este momento para acelerar para o nosso melhor nível, e tudo ainda é possível. Sabemos que jogar contra o Chaves é sempre difícil, eles estão em perigo de descer, não têm nada a perder quando jogarem no Estádio da Luz, são uma boa equipa com um bom treinador.

— Como viveu o aniversário do clube?

— A gala foi fantástica, tenho sempre a sensação do quão grande o clube é, da paixão que há, é um privilégio ver isso e a forma como o Benfica trata a sua história e jogadores. É sempre especial estar nestes momentos, e agora queremos usar a oportunidade para fazer as pessoas no Benfica e à volta do Benfica felizes.

— No último jogo disse que Kokçu não podia estar com a equipa. Já voltou a falar com o jogador? Vai estar amanhã no plantel?

— Sim, na altura do Casa Pia tive de ter cuidado, com aquela entrevista e achei melhor deixá-lo de fora do jogo. Ele já voltou, já falámos e aceitou as coisas como eu esperava. Não era intenção dele criar este barulho e negativismo à volta da equipa, já disse antes e depois do Casa Pia que estou convencido com a sua qualidade enquanto jogador e também do seu caráter. Esta entrevista foi um erro, não foi boa para ninguém — ou apenas para vocês jornalistas, que tiveram algo para falar —, mas para o Benfica não, isso é claro. Os jogadores erram, mas eu tenho de os apoiar. Falámos sobre isso e agora é altura de falar no campo, e não falar demasiado do assunto. É altura não só para ele mas para todos nós de mostrarmos boa mentalidade no relvado. Resolvemos isto internamente e agora é tempo de olhar para frente.

Otamendi e Di María podem descansar amanhã antes dos dois jogos contra o Sporting?

— São ambos jogadores que gostam de jogar consistentemente, mas às vezes precisam de descansar, claro. O Angel tem muitos jogos seguidos por vezes, e com jogos grandes a caminho é importante descansarem, mas são jogadores chave para nós. Praticam futebol a um alto nível a época toda, mas tomo decisões que façam sentido para a equipa e para os jogadores. Eles mostraram nos últimos 15 anos que podem jogar nas seleções e regressar ao clube e jogar. Não tenho dúvidas de que estejam prontos para amanhã.

— Alexander Bah já está em condições de jogar?

Bah está bem, embora ainda tenha um pequeno problema e queremos ter a certeza que o problema não volta. Neste momento está bem, foi bom não ter jogado futebol na seleção, voltou aos treinos e tentámos dar-lhe descanso, mas está pronto para amanhã.

— Di María viveu uma altura conturbada com ameaças de morte a si e a sua família. Tem tido carga elevada de jogos. Acha que está a 100% fisica e mentalmente para amanhã e para o resto da época?

— O que aconteceu mostra como o mundo é louco. É um desastre, uma catástrofe que algo assim aconteça, que afeta o jogador e o ser humano, quando se recebe uma mensagem destas. Claro que tentamos apoiá-lo como podemos, mas ele tem experiência e soube lidar com isto, mas é difícil e incomum ter este tipo de situações, especialmente quando concerne famílias. Mas falámos sobre isso, ele está a tentar encarar isto de fora normal, claro que quando estas coisas acontecem há pensamentos que ficam na cabeça, mas vamos tentar apoiá-lo.

Bernat foi visto no treino, está recuperado? Conta para o resto da época?

— Acho que todos nós e ele mesmo esperava uma época diferente. É um jogador muito experiente e infelizmente veio com uma pequena lesão, ficou bem, jogou alguns jogos, alguns minutos e depois lesionou-se no final de outubro, são já cinco meses de fora. Neste momento está a trabalhar para voltar aos jogos, voltou esta semana ao relvado pela primeira vez desde outubro, esperamos que esteja bem nos próximos tempos e que tenha impacto nas últimas semanas da época.

Kokçu esteva na seleção turca. Sente que o papel dele é diferente na seleção?

— O Kokçu aqui ou na seleção é sempre diferente, porque joga com jogadores diferentes e táticas diferentes. Não penso nisso. Os treinadores nas seleções têm equipas diferentes e têm de usar os jogadores como acham melhor para a equipa. Penso no Kokçu no Benfica, não nos outros contextos. É sempre uma grande honra para os jogadores irem às seleções, todos se estão a preparar para os grandes torneios internacionais, mas a seleçao e clube são coisas diferentes e eu estou focado no clube.

Fonte: A Bola

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