António Salvador: «Não posso permitir que se tente inquinar o debate nem alinho em conspirações»

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No extenso discurso de abertura da Assembleia Geral Extraordinária, que decorre por esta altura na Arena SC Braga, o pavilhão do clube, António Salvador abordou um dos temas que mais discussão gerou no âmbito da proposta de alteração de estatutos que está em avaliação (e posterior votação) na reunião magna: a posição do clube na SAD.

Na atual redação dos estatutos do artigo 110.º, n.º 2, prevê-se que “será mantida, direta ou indiretamente, a maioria do capital social” das sociedades desportivas onde o clube participe, neste caso específico, a SAD. Na proposta de alteração estatutária, este número 2 é simplesmente eliminado e a explicação do Conselho Geral aponta para uma norma que se tornou “incongruente e obsoleta”.

Ora, o presidente do Sp. Braga declarou que não vai “permitir que se tente inquinar o debate”. “Não alinho em conspirações, remeto-me aos factos”, atirou ainda. “Não posso deixar de notar um movimento de desinformação e até de algum desconhecimento”, disse, lembrando que a atual redação foi introduzida em 2015 quando se previa uma hipotética doação de ações da Câmara Municipal ao clube, o que acabou por não acontecer.

“Não tendo o Sporting Clube de Braga a maioria da SAD, como nunca teve, nem tendo por via do Município esse respaldo, sou da opinião de que os estatutos devem voltar à anterior fórmula, aquela que sempre existiu. Tal não constitui um salvo-conduto para que esta ou qualquer Direção disponha da participação do Clube na SAD. Não! Nenhuma Direção do Sporting Clube de Braga pode decidir a venda de ações sem autorização prévia dos sócios, em Assembleia Geral. Da mesma forma, não impede que esta ou qualquer Direção adquira ações, reforçando a participação do Clube”, ressalvou.

É nesse sentido que Salvador manifestou a intenção de reforçar a posição do clube na SAD, onde atualmente detém 36,99% das ações, mas apelando à doação ou venda da ações dos sócios que integram a sociedade.

“É minha opinião que a participação que o Clube atualmente detém na SAD serve em absoluto os seus interesses, não bloqueando a estrutura acionista a parceiros que possam valorizar a Sociedade e apoiar o seu crescimento e afirmação num mercado cada vez mais global. (…) Compreendo e aceito que haja quem deseje ver o Clube fortalecer ainda mais a sua posição na SAD e que essa pretensão é legítima, tendo em conta que há cerca de 16% de pequenos acionistas”, disse.

“Aos sócios que são simultaneamente acionistas da SAD reforço e relembro o meu repto lançado em Assembleias Gerais anteriores no sentido de estes, se assim o entenderem, cederem via doação as suas ações, de modo a permitir que o Clube aumente a sua posição no capital social da SAD. Àqueles que não pretendam simplesmente doar as ações, o Clube está disponível para negociar a sua aquisição onerosa pelo que devem contactar-nos nesse sentido”, acrescentou António Salvador.

Fonte: Record

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