Os preços do petróleo caíram na segunda-feira, 08/04, terminando uma recuperação de várias sessões, depois de Israel ter reduzido as suas tropas no sul de Gaza e iniciado uma nova ronda de negociações de cessar-fogo com o Hamas.
Os futuros do petróleo Brent caíram 79 cêntimos, ou 0,9%, para se fixarem em $90,38 por barril e o petróleo americano West Texas Intermediate fechou em baixa de 48 cêntimos, ou 0,6%, em $86,43. Foi o primeiro declínio em cinco sessões para o Brent e o primeiro em sete para o WTI.
Ambos os valores de referência caíram mais de 2 dólares durante a sessão, com os investidores a concentrarem-se na decisão de Israel de retirar mais soldados do sul de Gaza.
A decisão de Israel “reduziu um pouco o prémio de risco geopolítico”, disse o analista do UBS Giovanni Staunovo.
Também pesaram sobre os preços do petróleo as expectativas de que os estoques de petróleo bruto dos EUA provavelmente aumentaram na semana passada, disse Staunovo.
Os preços do petróleo saltaram dos mínimos da sessão, depois que o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu disse que uma data foi definida para uma invasão de Rafah, indicando que o conflito está longe de ser resolvido, disse Andrew Lipow, presidente da Lipow Oil Associates.
O declínio dos preços do petróleo também é limitado pela incerteza sobre como o Irão irá responder ao bombardeamento do seu consulado na Síria na semana passada, acrescentou.
Teerão afirmou que irá vingar-se, alimentando a preocupação de que o conflito no Médio Oriente possa alargar-se. Os índices de referência do petróleo bruto saltaram 4% na semana passada, com os futuros do Brent a subirem pela quarta semana consecutiva – a maior subida desde agosto do ano passado.
Entre os factores que afectam as perspectivas da procura de petróleo, um relatório de emprego dos E.U., na sexta-feira, sugeriu que a economia terminou o primeiro trimestre em terreno sólido, o que poderia levar a Reserva Federal a adiar os cortes das taxas de juro.
Os investidores irão analisar os dados do índice de preços do consumidor dos E.U. e da China, esta semana, para obter mais pistas sobre a saúde económica dos dois maiores consumidores mundiais de petróleo.
Fonte: O Económico
