Inclusão Financeira e Sustentabilidade no Sector Agrícola: o caso do Microsseguro da Hollard Moçambique

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No contexto moçambicano, o microsseguro agrícola surge como uma ferramenta fundamental para promover a inclusão financeira e assegurar a sustentabilidade dos pequenos agricultores, que representam mais de 70% da força de trabalho do país. A falta de protecção financeira contra os riscos climáticos tem sido uma barreira significativa para o desenvolvimento do sector agrícola. Com o lançamento do “Hollard Agri”, a seguradora Hollard Moçambique oferece uma solução que visa colmatar essa lacuna, proporcionando segurança financeira e promovendo o desenvolvimento sustentável nas zonas rurais.

O Gestor do Hollard Agri, Israel Muchena, diz que o produto tem um impacto directo na vida dos agricultores. “A compensação financeira proporcionada pelo seguro agrícola dá aos agricultores a capacidade de comprar insumos para a próxima campanha e continuar a produzir, mesmo após sofrerem perdas devido a desastres naturais,”*explica Muchena. No ano passado, a Hollard pagou 10 milhões de meticais em indemnizações a agricultores afectados por secas, mostrando a importância deste tipo de cobertura num país vulnerável a eventos climáticos extremos.

Além de mitigar os riscos imediatos, o Hollard Agri contribui significativamente para a sustentabilidade a longo prazo do sector agrícola, promovendo a estabilidade económica. Ao proteger as colheitas e fornecer uma rede de segurança financeira, o microsseguro permite que os agricultores invistam em novas tecnologias e práticas agrícolas, melhorando a sua produtividade e resiliência. Isso tem um impacto directo não só na vida dos agricultores, mas também na segurança alimentar do País, pois assegura que a produção agrícola continue a crescer mesmo em condições adversas.

Outro aspeto crucial do Hollard Agri é a sua capacidade de promover a inclusão financeira em áreas rurais onde os serviços financeiros tradicionais são escassos. Ao colaborar com parceiros locais como a Phoenix Seeds e outras cooperativas agrícolas, a seguradora consegue chegar a agricultores que, de outra forma, não teriam acesso a esse tipo de protecção. “A nossa estratégia é trabalhar com empresas que já têm um relacionamento estabelecido com os pequenos agricultores. Isso facilita o processo de adesão ao seguro e garante que os agricultores possam proteger as suas colheitas sem complicações adicionais,” salienta Muchena.

Além disso, a Hollard tem estado a colaborar com diversas organizações de desenvolvimento, como o Programa Mundial de Alimentação e o Projecto de Desenvolvimento do Corredor de Nacala, para promover o uso do microsseguro em zonas rurais. “O apoio destas organizações não só aumenta o nosso alcance, mas também ajuda a educar os agricultores sobre a importância de gerir os riscos climáticos de forma proactiva,” destaca Muchena. Estas colaborações estão a criar um ambiente mais favorável para o crescimento do microsseguro, contribuindo para a resiliência do sector agrícola e para a inclusão financeira de comunidades que, historicamente, foram deixadas de fora do sistema financeiro formal.

O Hollard Agri está, portanto, alinhado com as estratégias de inclusão financeira promovidas pelo Banco de Moçambique, que reconhece a necessidade de criar condições para que a maioria da população tenha acesso a serviços financeiros. “Acreditamos que o microsseguro vai crescer nos próximos anos, pois há uma necessidade crescente de proteger os pequenos agricultores e garantir a sustentabilidade do sector agrícola,” afirma Muchena.

Com um foco claro na inclusão e na sustentabilidade, o Hollard Agri está a transformar a maneira como os pequenos agricultores lidam com os riscos climáticos e económicos. Ao proporcionar uma rede de segurança financeira, o produto não só protege os agricultores, mas também impulsiona o desenvolvimento rural, promove a resiliência económica e assegura que o sector agrícola continue a ser uma força motriz da economia moçambicana. A longo prazo, o microsseguro agrícola poderá desempenhar um papel crucial na construção de uma agricultura mais forte e sustentável em Moçambique.

Fonte: O Económico

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