A Embraer, fabricante brasileira de aviões, espera que o tráfego global de passageiros nos próximos 20 anos cresça a um ritmo mais rápido do que havia previsto anteriormente, mas vê menos espaço para entregas de aeronaves regionais, disse na terça-feira, 23 de Julho.
Logo a seguir à pandemia as viagens aéreas dispararam, mas as companhias aéreas advertiram, esta semana, no Farnborough Airshow, que a procura tem vindo a normalizar-se, uma vez que os viajantes se recusam a pagar tarifas mais elevadas e as transportadoras enfrentam atrasos nas entregas e restrições na cadeia de abastecimento.
A Embraer é o terceiro maior fabricante de aviões do mundo e concentra-se em aeronaves de até 150 lugares, situando-se logo abaixo das famílias A320 e 737 mais vendidas da Airbus e da Boeing e em rivalidade com o Airbus A220.
“As consequências da pandemia, como as perturbações na cadeia de abastecimento, a desaceleração da economia mundial e as incertezas decorrentes de múltiplos conflitos geopolíticos continuarão a afetar o mercado”, afirmou Arjan Meijer, responsável pela aviação comercial da Embraer.
“As dimensões do mercado e os padrões de procura são simplesmente demasiado variados para apoiar uma estratégia de frota centrada exclusivamente em aviões maiores. Acreditamos que uma combinação óptima de jactos de menos de 150 lugares e de aviões de fuselagem estreita de maiores dimensões é mais adequada ao novo ambiente.”
Pelos números
A Embraer disse que o tráfego medido pela receita de passageiros-quilômetro (RPK) deve crescer a uma taxa anual de 4% entre este ano e 2043, acima do crescimento de 3,2% previsto no ano passado para o período 2023-2042, mas ainda abaixo da pré-pandemia.
Fonte: O Económico
