Apesar dos projectos continuarem suspensos, TotalEnergies continua no terreno com as acções sócio-económicas

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A iniciativa, inserida na responsabilidade social da empresa, inclui ainda a construção de uma ponte cujos aquedutos foram arrastados devido às chuvas intensas que caem nos últimos dias um pouco por toda a província de Cabo Delgado.

A infra-estrutura deverá comportar, igualmente, valas de drenagem. Para o efeito, foi lançada na última segunda-feira em Palma a primeira-pedra que simboliza o início da empreitada, acto orientado pelo governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, acompanhado por Maxime Rabilloud, Director-geral da TotalEnergies.

Maxime Rabilloud procedeu à entrega de fármacos ao Hospital Distrital para o tratamento de conjuntivite, uma doença que assola aquele ponto de Cabo Delgado e não só.

Já no vizinho distrito de Mocímboa da Praia a TotalEnergies financiou a construção de um edifício para o funcionamento dos Serviços Distritais de Infra-estruturas, que foi inaugurado na tarde de segunda-feira, no âmbito do suporte do programa de reconstrução de Cabo Delgado.

Dirigindo-se aos presentes nos eventos, Rabilloud explicou que apesar das operações da empresa estarem suspensas, a TotalEnergies continua a apoiar os programas de desenvolvimento de Cabo Delgado, através da iniciativa “Pamoja Tunaweza”, ou seja, “Todos Podemos”, cujos projectos na área da agricultura e outros empregam actualmente cerca seis mil cidadãos nacionais.

No projecto de reabilitação da estrada Rabilloud garantiu que mais 100 nacionais terão oportunidade de emprego. “No âmbito dos nossos apoios, decidimos investir na reabilitação desta estrada. Antes de tomarmos esta decisão sempre vínhamos fazendo a manutenção de rotina à via para continuar transitável, mas achamos que era preciso pavimentar e construirmos uma ponte junto ao rio”, disse. Por seu turno, o governador de Cabo Delgado louvou a iniciativa da TotalEnergies, dizendo que esta firma tem estado a acarinhar a população de Cabo Delgado, mesmo em momentos difíceis.

“Em nome da população de Cabo Delgado, o Governo reconhece a contribuição da To- tal”, disse Tauabo.

Contudo, presidente executivo da petrolífera TotalEnergies disse recentemente, que a empresa “não está longe de ter tudo pronto” para recomeçar as obras para exploração de gás natural na Província de Cabo Delgado.

“Estamos a mobilizar novamente os empreiteiros e não estamos longe de ter tudo pronto” para recomeçar as obras, disse Patrick Pouyanné durante a apresentação dos resultados de 2023 da empresa, que decorreu em Fevereiro corrente em Londres.

“A última parte é o refinanciamento do projecto, que foi suspenso, digamos, quando houve os eventos [de terrorismo que forçou a suspensão do projecto]”, acrescentou o responsável.

Para a TotalEnergies, o que é preciso agora é “reactivar as instituições financeiras em todo o mundo, e depois quando isso estiver feito vamos recomeçar o projecto”, concluiu, sem apontar datas.

Moçambique tem três projectos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de gás natural da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, ao largo da costa de Cabo Delgado.

Dois desses projectos têm maior dimensão e prevêem canalizar o gás do fundo do mar para terra, arrefecendo-o numa fábrica para o exportar por via marítima em estado líquido.

O maior é liderado pela TotalEnergies (consórcio da Área 1) e as obras avançaram até à suspensão por tempo indeterminado, após um ataque armado a Palma, em Março de 2021, altura em que a energética francesa declarou que só retomaria os trabalhos quando a zona fosse segura.

O outro é o investimento ainda sem anúncio à vista liderado pela ExxonMobil e Eni (consórcio da Área 4).

Um terceiro projecto concluído e de menor dimensão pertence também ao consórcio da Área 4 e consiste numa plataforma flutuante de captação e processamento de gás para exportação, directamente no mar, que arrancou em Novembro de 2022.

Entretanto, a insurgência tem-se agudizado nos últimos dias em Cabo Delgado, criando incertezas sobre o futuro dos projectos de gás abandonados pela TotalEnergies em 2021.

Fonte: O Económico

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