Vítimas do Ciclone Chido clamam por ajuda em Cabo Delgado

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Desde que passou o Ciclone Chido, em Cabo Delgado, a população da vila sede de Mecufii ainda ao recebeu ajuda humanitária, e, actualmente, maior parte das famílias continua ao relento e com fome. As vítimas do ciclone precisam um pouco de tudo, mas pedem socorro com pelo menos lonas para se esconder do sol, do frio e da chuva.

A vila sede de Mecufi foi a zona mais afectada pelo Ciclone Chido, ao nível da província de Cabo Delgado, mas, até hoje, quase 20 dias depois do fenómeno natural, a população ainda não teve ajuda humanitária. Por isso mesmo, a maior parte da população continua a viver ao relento e sem comida.

“Eu durmo aqui mesmo. As crianças ficam nesta barraca que construímos e os adultos passam as noites aqui fora. São seis crianças que dormem nesta cama. A casa, as (outras) camas e todas as coisas desapareceram” disse Tabia Ussene, Residente da vila de Mecufi.

Além de Tabia Ussene, Eusébio Rachide e a sua família fazem parte de milhares de vítimas do Ciclone Chido que, na vila sede Mecufi, ainda não receberam ajuda, desde que perderam as casas e quase tudo que tinham.

“Nem lona, nem comida, nem uma ajuda tivemos, pelo menos até agora. A lista dos afectados pelo ciclone já foi feita há muito tempo para receber ajuda, mas até agora nada. Apenas vimos viaturas a passarem com coisas para outras comunidades. Quase todos já receberam, mas aqui, na vila-sede de Mecufi, até agora nada de ajuda, lamentou Eusébio Rachide.

A situação humanitária das vítimas do Ciclone Chido, na vila de Mecufi, é considerada dramática e, até ao momento, apenas o governo e alguns funcionários ao serviço do Estado receberam ajuda.

“Nós aqui, de Mecufi, só estamos a ver os apoios a passarem e a serem distribuídos em outras comunidades. Estamos a pedir ajuda ao Governo, porque já não suportamos o sofrimento”, acrescentou.

Quando este jornal visitou Mecufi, o administrador do distrito estava ausente e incomunicável por via telefone, e o Instituto Nacional de Gestão de Risco e Desastres não estava disponível para explicar sobre a falta de ajuda humanitária na vila de Mecufi.

Fonte: O País

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