O juiz federal Sérgio Moro aceitou nesta terça - feira denúncia feita pelo Ministério Público Federal relacionada a uma quinta em Atibaia, interior de São Paulo, e tornou o ex - presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais uma vez réu numa acção penal no âmbito da operação Lava Jato. & # 8220 ; Os elementos probatórios juntados pelo MPF e também colacionados pela Polícia Federal permitem, em cognição sumária, conclusão de que o ex - presidente Luiz Inácio Lula da Silva comportava - se como proprietário da quinta de Atibaia e que pessoas e empresas envolvidas em acertos de corrupção em contratos da Petrobras, como José Carlos Cosa Marques Bumlai, o Grupo Odebrecht e o Grupo OAS, custearam reformas na referida propriedade, tendo por propósito beneficiar o ex - presidente & # 8221 ;, escreveu Moro. & # 8220 ; Doutro lado, até o momento, não se ouviu, em princípio, uma explicação do ex - presidente Luiz Inácio Lula da Silva do motivo de José Carlos Cosa Marques Bumlai, do Grupo Odebrecht e do Grupo OAS, terem custeado reformas de cerca de 1.020. Em nota, o advogado Cristiano Zanin Martins, que representa Lula, classificou Moro de & # 8220 ; juiz manifestamente suspeito & # 8221 ;, afirmou que o magistrado & # 8220 ; atenta contra o Estado de Direito & # 8221 ; ao receber a denúncia e disse que o & # 8220 ; voluntarismo do juiz Sergio Moro é incompatível com a imparcialidade e a impessoalidade que o cargo exige & # 8221 ;. & # 8220 ; Mais uma vez não indica qualquer ato de ofício que Lula teria praticado na condição de Presidente da República para justificar as contrapartidas afirmadas na denúncia ; Moro novamente aceita uma denúncia esdrúxula contra Lula apenas em razão do cargo de Presidente da República por ele ocupado & # 8221 ;, afirma Zanin na nota. Com a decisão de Moro, Lula passa a ser réu em três acções penais na Lava Jato & # 8211 ; também é acusado de receber propina na forma de um terreno que seria destinado ao Instituto Lula e de um apartamento vizinho ao que moro em São Bernardo do Campo, e de tentar obstruir as investigações da operação.