A situação de insegurança provocada pelos protestos que aconteceram nas últimas semanas forçou o empreiteiro a desmobilizar equipamentos nos troços Quelimane–Nicoadala e Nicoadala–Namacurra. Para já, decorrem trabalhos de remoção de mastros de betão que eram usados para bloquear as estradas.Há mais de duas semanas que o empreiteiro que está a fazer a reabilitação do troço da Estrada Nacional nº 10, que liga Quelimane a Nicoadala, e parte da Estrada Nacional nº 1, no troço entre Nicoadala e Namacurra, foi obrigado a desmobilizar todo o seu equipamento para o estaleiro, em Nicoadala, devido à vandalização durante o período dos protestos.É que, com o avanço dos protestos, os protestatários utilizavam os mastros de betão que o empreiteiro colocava ao longo do traçado para limitar as áreas de circulação de veículo e de trabalho de reabilitação para bloqueios e arremessos a veículos com o objectivo de vandalizar.E porque os protestos não paravam e cada dia eram mais intensos, o empreiteiro viu-se obrigado a remover todo o seu equipamento, temendo a vandalização, destacando um estaleiro localizado em Nicoadala para a sua reserva até que a situação se normalize.Sem trabalhos de reabilitação nos troços em alusão, todo o trabalho ficou paralisado, ou seja, nenhuma máquina ronca para garantir boa transitabilidade nas principais estradas que ligam Quelimane a outros distritos.Nesta terça-feira, pequenos grupos de trabalhadores da empreitada dedicaram-se à remoção dos mastros de betão que eram utilizados pelos protestatários para bloqueio do traçado, como forma de deixar a estrada limpa e livre para a circulação sem muitos transtornos.A reportagem do jornal O País tem estado a contactar a Administração Nacional de Estradas para se pronunciar sobre este assunto, mas esta promete falar oportunamente.Recorde-se que o troço entre Quelimane e Namacurra, com cerca de 70 quilómetros, teve a sua primeira pedra lançada em 2020, com prazo de reabilitação terminado em 2023, porém prolongado até ano passado, sem no entanto ter sido terminado até ao momento.
Fonte:O País