O secretário-geral da ONU, António Guterres, reagiu “profundamente alarmado” aos ataques de Israel a instalações militares do Irã, ocorridos na sexta-feira.
Em nota, divulgada neste sábado, pelo seu porta-voz, Guterres condenou todos os atos da escalada da violência e disse que é preciso acabar com os ataques.
Risco de guerra regional no Oriente Médio
O chefe das Nações Unidas reiterou o apelo para que todas as partes dos confrontos ponham fim a suas ações militares incluindo à Faixa de Gaza e ao Líbano. Ele defendeu a retomada da via diplomática para a solução de conflitos e para evitar uma guerra regional.
Na madrugada de sábado, horário local, as Forças de Defesa Israelenses atacaram instalações militares do Irã. Segundo agências de notícias, dois soldados iranianos teriam morrido na ofensiva.
Israel justificou a ação como um ato de represália e defesa ao ataque do Irã a Israel em 1 de outubro, com quase 200 mísseis balísticos, contra o território israelense.
Antes da nota do secretário-geral da ONU condenando o ataque, a subsecretária-geral interina para Assuntos Humanitários, Joyce Msuya, havia pedido o fim imediato dos ataques de Israel ao norte de Gaza.
Para ela, o cerco à região não pode mais continuar.
Drama de famílias palestinas separadas
Msuya divulgou um comunicado numa rede social contando que os hospitais estão sendo alvejados e o pessoal de saúde tem sido levado preso. Ela citou ainda o drama de famílias palestinas separadas e de muitos meninos e homens que “estão sendo levados” para destinos desconhecidos.
Centenas de palestinos morreram na ofensiva ao norte de Gaza e dezenas de milhares estão sendo obrigados a fugir novamente da violência.
A onda de violência na região recomeçou em 7 de outubro de 2023 após o movimento islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, atacar Israel matando 1,2 mil pessoas e sequestrando centenas de civis.
Muitos deles jovens que participavam de um festival de música. Outras vítimas foram retiradas de suas casas enquanto dormiam e de comunidades onde viviam, conhecidas cono kibutz.
A partir daí, Israel lançou uma ofensiva à Faixa de Gaza em resposta ao ataque do Hamas que já matou dezenas de milhares de pessoas, incluindo mulheres e crianças.
Fonte: ONU