Revista Tempo

Sasol em Moçambique: Quando o Desenvolvimento é Decidido pelas Comunidades

Nos últimos cinco anos, a Sasol tem trabalhado lado a lado com as comunidades de Inhassoro e Govuro em Moçambique, através de um modelo inovador de gestão participativa. Os Acordos de Desenvolvimento Local (ADL), firmados com as autoridades distritais e os representantes comunitários, trouxeram uma nova dinâmica ao investimento social da empresa, colocando as comunidades no centro da decisão sobre os projectos que afectam o seu futuro.

“Foi uma experiência nova para todos nós”, afirma Mateus Mosse, Director de Assuntos Corporativos da Sasol Moçambique, em entrevista ao O.Económico.  “Aprendemos juntos naquilo que é, em sociologia, chamado de gestão participativa”. Esta abordagem tem permitido às comunidades não apenas escolher os projectos que consideram mais prioritários, mas também participar activamente na gestão e monitoria dessas iniciativas.

Um modelo de sucesso nas comunidades locais

Através dos ADL, a Sasol implementou 37 projectos de pequena escala, abrangendo áreas como agricultura, irrigação e infraestruturas educacionais. Segundo Mosse, “as comunidades têm voz e escolhem os projectos de acordo com as suas necessidades e prioridades”. Entre os projectos destacados estão sistemas de irrigação e campos de futebol, que reflectem a autonomia das comunidades para determinar o seu próprio desenvolvimento.

Além disso, a Sasol investiu em projectos de grande escala, como o Centro de Formação Profissional de Inhassoro e o sistema de abastecimento de água, que juntos somam mais de 23 milhões de dólares. “Entregámos cinco blocos de salas de aula e centros comunitários, num processo que eu chamo de tempo de colheita”, diz Mosse.

Desafios de uma Gestão Participativa

Apesar dos resultados positivos, Mosse reconhece os desafios da gestão participativa. “É difícil”, admite ele. “A cada três meses, reunimo-nos para rever tudo, fazer correcções e garantir que os projectos continuem alinhados com as necessidades das comunidades”. No entanto, essa abordagem tem sido fundamental para garantir a sustentabilidade e o impacto a longo prazo dos projectos.

Com a conclusão dos ADL prevista para 2025, a Sasol já está a discutir uma segunda fase dos acordos, baseada nas lições aprendidas e nas melhorias que ainda podem ser feitas. “Estamos a discutir o futuro”, revela Mosse, sinalizando que a parceria entre a Sasol e as comunidades deve continuar a evoluir nos próximos anos.

Fonte: O Económico

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