O ouro continuou sua trajectória de alta em Setembro de 2024, atingindo US$ 2.621,88 por onça, um aumento de 6% no acumulado do ano, a maior alta anual desde 2010. Esse avanço foi impulsionado por uma combinação de fatores, principalmente a expectativa de novos cortes nas taxas de juros dos EUA e as tensões geopolíticas crescentes no Oriente Médio, especialmente os conflitos em Gaza e Ucrânia.
A recente decisão do Federal Reserve de cortar as taxas em 50 pontos-base fortaleceu ainda mais o apelo do ouro como ativo de refúgio. Com a perspectiva de novas reduções nas taxas de juros até o final de 2025, os investidores estão se posicionando no ouro, que se beneficia em ambientes de juros mais baixos, já que não oferece rendimentos, mas preserva valor. Alguns analistas acreditam que o ouro pode alcançar US$ 2.900 por onça até o final de 2025.
Além disso, a fraqueza contínua do dólar americano torna o ouro mais acessível para investidores estrangeiros, aumentando a demanda global. O cenário de incertezas geopolíticas e a possível desaceleração econômica em grandes mercados como China e Japão também estão colaborando para a busca de segurança no ouro.
Em comparação com outros metais preciosos, a prata também subiu 1,3%, atingindo US$ 31,16 por onça, enquanto a platina e o paládio tiveram quedas de 1,1% e 0,5%, respectivamente, refletindo a volatilidade e a incerteza nos mercados globais.
Este ambiente oferece uma oportunidade estratégica para investidores que buscam proteger seus portfólios da volatilidade, especialmente com a combinação de políticas monetárias mais flexíveis e tensões globais continuando a influenciar os mercados.
Fonte: O Económico
