Durante a décima oitava sessão do Conselho de Ministros, quatro questões, relacionadas ao atraso na distribuição dos livros escolares, postura da Polícia em Homoíne e antigos agentes do SNASP, foram colocadas pelo jornalistas do jornal O País, mas foram ignoradas, sob alegação de não fazer parte da agenda do encontro.Foi reunida, na passada terça-feira, mais uma sessão do Conselho de Ministros, e o Governo chamou os jornalistas para o balanço, na habitual conferência de imprensa. Na ocasião, o Governo, através da porta-voz do Conselho de Ministros, Ludovina Bernardo, esclareceu assuntos agendados para a sessão como a revogação da resolução que agrava as tarifas de comunicação no país, a aprovação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento 2025-2044, a submeter à Assembleia da República, entre vários outros.Terminada a intervenção da porta-voz do Conselho de Ministros, Ludovina Bernardo, foi aberto o espaço para a imprensa colocar perguntas. A primeira foi do jornalista da RTP sobre a ameaça dos antigos agentes da “secreta” em tirar até armas caso não sejam ouvidos.Depois, foi a vez do “O País”, que questionou, primeiro, sobre os manifestantes do SNASP, buscando saber qual é a reação do Governo em relação à acção da Polícia face aos jornalistas. A outra está ligada aos livros escolares, visto que, já estamos a fechar o primeiro mês do segundo trimestre e as crianças ainda não têm livros.Enquanto o “O País” fazia perguntas ao Governo sobre o livro escolar e a tendência de brutalidade da Polícia sobre os cidadãos, a directora do Gabinete de Informação interferiu e interrompeu as questões, dizendo que era necessário que fosse aberto espaço para que outros colegas fizessem a questão.No entanto, ninguém mais queria fazer perguntas. O objectivo era mesmo limitar as questões dos jornalistas, e mesmo as perguntas que foram feitas não foram respondidas.Assim se foi mais um briefing do Conselho de Ministros, marcado pela limitação das perguntas dos jornalistas e o Governo a esquivar-se de comentar os assuntos que dominam a actualidade nacional.
Fonte:O País