O GOVERNO está a mobilizar fundos com vista a retomar, brevemente, em todo o país, o pagamento do subsídio social básico, atrasado devido à conjuntura económica internacional que afecta as contas do Estado.
Chico Almajane, porta-voz do Conselho Coordenador do Ministério do Género, Criança e Acção Social, que decorre em Maputo, assegurou que os pagamentos em atraso serão feitos em breve, com efeitos retroactivos.
Anotou que foi efectuada a transferência dos valores para cerca de 150 mil famílias, das 630 mil inscritas, maior parte das quais com menores de 12 anos, sendo que continua a mobilização de recursos para a conclusão dos pagamentos.
O responsável explicou que o impacto orçamental dos atrasos no pagamento dos programas de assistência social está acima dos 6,8 mil milhões de meticais. Adiantou ser este montante que está a ser mobilizado com vista à retoma dos pagamentos.
“Tem havido esforços para o desembolso dos valores. É verdade que existem alguns atrasos em alguns locais, não em todos. Esses atrasos decorrem de duas razões, nomeadamente os constrangimentos macroeconómicos e a digitalização do sistema de pagamento em curso”, sublinhou.
Segundo Almajane, está em curso um processo de migração do sistema de pagamentos em dinheiro vivo para a digitalização, através da carteira móvel. Actualmente está a se efectuar o registo digital de todos os beneficiários. Além disso, está em curso a distribuição de telemóveis para os beneficiários inscritos no Programa Acção Social Produtiva (PASP).
“É com este grupo-alvo que queremos captar experiências para depois estendermos os serviços digitais para a pessoa idosa, para aos agregados familiares com pessoas com deficiência e com doenças crónica. Temos também outro programa de acolhimento de pessoas desamparadas, em que contamos com cerca de 30 mil pessoas a serem assistidas nas nossas unidades sociais com alojamento, alimentação, higiene e outros serviços”, disse Almajane.
Foto: Arquivo
Fonte: Jornal Noticias