Ataques terroristas comprometeram recenseamento em Quissanga

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O Distrito de Quissanga em Cabo Delgado não conseguiu recensear nem 50% dos potenciais eleitores previstos, devido aos ataques terroristas registados naquele ponto da província.Neste processo eleitoral o distrito sofreu duas vezes: primeiro o recenseamento lá só iniciou a 2 de Maio, depois de o processo ter terminado no resto do país, e segundo porque mesmo depois de 13 dias do processo, os ataques comprometeram o processo.Paulo Cuinica, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições fez saber que esperava-se recensear 28.930 eleitores, mas apenas 14.288 é que foram inscritos, o que representa uma cifra de 49.39 por cento.“Por conta dos ataques, tanto os eleitores quanto os brigadistas estavam receosos e com medo. Isso fez com que nos últimos dois dias recolhêssemos quatro brigadas das que lá funcionavam e no último dia estivemos a trabalhar apenas com cinco brigadas, porque a situação já não era própria para a permanência dos brigadistas nos locais”, disse Cuinica.Ainda assim, Cabo Delgado conseguiu recensear 103.12% da meta prevista e estes dados fazem com que se perceba que parte dos eleitores que deviam recensear em Quissanga, tenham se inscrito noutros pontos da província, considerados mais seguros.Para além de Cabo Delgado, Maputo, Gaza, Inhambane, Manica, Zambézia, Nampula, foram as outras províncias que recensearam mais de 100% dos eleitores previstos.Sobre o processo de submissão de candidaturas que já está na sua terceira semana, Paulo Cuinica diz que o processo corre de forma tímida. É que dos 43 proponentes inscritos, até aqui só três submeteram suas candidaturas.“Tivemos o Partido Ecológico de Moçambique que apresentou as candidaturas para os 13 círculos eleitorais, 11 em território nacional e dois círculos eleitorais na diáspora. Temos o MONARUMO que apresentou candidaturas para 11 círculos eleitorais do país e temos também o partido PAREDE que apresentou apenas para a Cidade de Maputo”, explicou o porta-voz.E as respectivas candidaturas são apenas para Assembleia da República. O processo termina a 10 de Junho.

Fonte:O País

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