Revista Tempo

Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo celebra avanços

A Tanzania Albinism Society (TAS) tem organizado campanhas de conscientização em escolas para educar os alunos sobre os direitos das pessoas com albinismo. Na foto, uma das sessões em Morogoro, na parte oriental da Tanzânia

O Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo é assinalado neste 13 de junho sob o tema Década de progresso coletivo.

A ONU junta-se a eventos globais destacando avanços e ajustes pela inclusão e pelo bem-estar de pessoas vivendo com a condição. Uma das metas é promover mudanças nos campos legal, político e práticas pela igualdade de direitos.

Aumentar a consciência 

Todos os anos, o Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo pretende aumentar a consciência sobre a condição genética rara. O albinismo leva à falta de pigmentação na pele, independentemente de gênero ou etnia, sendo mais comum em pessoas que nascem com pele escura. 

A falta de pigmento de melanina no cabelo, na pele e nos olhos das pessoas afetadas causa vulnerabilidade à exposição ao sol, o que pode levar ao câncer de pele e deficiência visual grave.

Embora não existam dados completos, a prevalência do albinismo é maior entre populações indígenas e afrodescendentes.
ONU News/Reprodução
Embora não existam dados completos, a prevalência do albinismo é maior entre populações indígenas e afrodescendentes.

Para as Nações Unidas, a preocupação global com o albinismo é significativa por ser uma questão de saúde pública envolvendo cerca de uma em cada 20 mil pessoas.

O Escritório de Direitos Humanos da ONU ressalta questões como discriminação, pobreza, estigma, violência e até assassinatos sofridos pelo grupo. Na África Subsaariana, o albinismo afeta uma em cada 5 mil pessoas.

Indústria de cinema 

Na Europa e na América do Norte, a proporção é um caso de albinismo em cada 20 mil habitantes.

O escritório da ONU destaca casos de alguns países em que mulheres que dão à luz crianças com albinismo são repudiadas por seus maridos, e seus filhos abandonados ou vítimas de infanticídio.

Um dos casos que mais chamam a atenção é o da indústria cinematográfica que “raramente retratou pessoas com albinismo com precisão, preferindo retratá-las como vilões, demônios ou aberrações da natureza.”

Para as Nações Unidas, a violência contra pessoas com albinismo é amplamente enfrentada com “silêncio social e indiferença, e raras vezes é seguida por investigações ou julgamento dos responsáveis”.

Fonte: ONU

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