Pinto da Costa: «Falta um 25 de abril no futebol»

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À entrada da cerimónia dos 25 anos da casa do FC Porto em Espinho, o presidente do FC Porto sublinhou a forma como os castigos são utilizados para silenciar factos e reforçou que se levanta ‘com força e vontade’ para desempenhar o seu papel

Com o aproximar do dia das eleições (27 abril) continua a campanha de Pinto da Costa que esteve presente na cerimónia, que decorreu na noite desta terça-feira, de celebração dos 25 anos da casa do FC Porto de Espinho. À entrada para a cerimónia o presidente do FC Porto, entre balanços sobre o todo o seu percurso nos dragões, destacou que faz falta um 25 de abril no futebol português.

«Falta um 25 de Abril no futebol. O 25 de Abril foi feito para dar liberdade, liberdade de expressão. Uma coisa é insultar as pessoas, isso vai contra a liberdade das pessoas. Agora, no futebol, dar uma opinião ou mostrar desacordo contra factos concretos dá castigos…repito, falta um 25 de Abril no futebol» começou por dizer, concordando com a ideia de que os castigos são uma forma de condicionar os intervenientes do futebol: «quando no Estoril eu disse que VAR não devia ter intervindo, o árbitro esteve mal e depois levei um processo por ter dito isso. Passado uns dias o conselho de arbitragem vem dizer que no VAR não devia ter intervindo. Se calhar agora vão por um processo ao conselho de arbitragem…»

Numa altura em que já leva 42 anos de presidência do FC Porto, Pinto da Costa fez uma viagem ao passado e destacou todos aqueles que foram determinantes no sucesso do clube, bem como o apoio dos adeptos.

«Foram 42 anos de entrega total ao FC Porto, onde tive a ajuda preciosa de muitas pessoas que, infelizmente, já não estão aqui no meio de nós e de toda a massa associativa, essenciais em todas as vitórias que conseguimos e FC Porto venceu em todas as modalidades 2600 títulos. Isso só foi possível com o valor das equipas, dos atletas, dos treinadores, mas, sobretudo a união da massa associativa, que sempre rodeou as suas equipas», acrescentou, recordando que a conquista da Liga dos Campeões foi um desejo seu de campanha e que foi o título mais importante que conquistou.

«Foi o de 1987, quando fomos campeões europeus, em Viena. Eu tinha posto no meu programa que queria estar numa final, depois de já ter estado em 1984, e ganhar. Foi uma noite inesquecível, contra todas as opiniões do futebol europeu conseguimos bater o poderosíssimo Bayern Munique, com toda a justiça. Esse foi o marco mais importante de todos estes 42 anos de presidência», reforçou.

Por fim, o presidente dos dragões desvaloriza a proximidade do ato eleitoral e enaltece a vontade e a força com que se levanta todos os dias para desempenhar o seu papel.

«Quando me levanto eu agradeço a Deus mais um dia de vida, de boa saúde. Todos nós sentimos isso, ainda mais à medida que o tempo avança sentimos mais, mas levanto-me com vontade e força para fazer o meu papel. No FC Porto, todos os dias são importantes. Todos os dias existe problemas para resolver ou quase todos os dias existe um jogo de uma modalidade, na qual queremos vencer. São todos importantes.»

Fonte: A Bola

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