É preciso melhorar as negociações para que as Multinacionais gerem mais empregos

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Hipólito Hamela alerta para a necessidade de melhorar as negociações contratuais, no quadro da implementação da lei do conteúdo local, para que as Multinacionais gerem mais empregos e renda no país. O economista falava em entrevista ao espaço Noite Informativa, da STV.“O conteúdo local não deve ser visto sob ponto de vista legal, mas do ponto de vista de valor acrescentado, geração de renda e de empregos para os moçambicanos”, foi com estas palavras que o economista teceu críticas à forma como o conteúdo local tem estado a ser implementado no país.A ferramenta criada para promoção do desenvolvimento, por via da facilitação de acesso das empresas e cidadãos nacionais à oportunidades relacionadas com a exploração de recursos extrativos, através do fornecimento de bens e serviços multinacionais não está a ser devidamente explorada, de acordo com o pensamento do economista.Hamela entende que falta “visão” para que o conteúdo local seja uma realidade em Moçambique. A fonte explicou que é preciso que o país siga o caminho de outras referências, como a de Tanger Med, em Marrocos, por exemplo.“O rei Marroquino ofereceu as melhores condições para que as empresas Renault e Peugeot instalassem as suas empresas na França, no entanto ele impôs algumas condições. A primeira é que os fornecedores fossem locais, então, visto que em Marrocos não havia empresas para fornecerem tudo o que era necessário, foi necessário que os fornecedores instalassem as suas empresas em Marrocos, independentemente do seu país de origem”, explicou.Hamela citou alguns investimentos em Moçambique que, a seu ver, teriam sido ideais para uma cadeia de produção capaz de envolver nacionais e gerar mais renda e empregos.“Aqui em Moçambique, temos a Sasol, temos a Total Energy, temos a Mozal e os acordos já foram feitos, por isso, já não temos mais como voltar para trás, se não podem pensar que o país não é sério, mas há ainda muitos campos que vão ser leiloados, sejam de gás ou outros minérios, então uma das primeiras condições devia ser essa”.O economista foi mais longe. “A kenymare importa, anualmente, cerca de 100 milhões de dólares para serviços, bens, comida e outras coisas, isso tudo se for produzido em Moçambique, seja por empresas sul africanas, australianas, onde for, vai gerar maiores empregos. Portanto, a abordagem deve ser criar emprego em Moma, criar emprego em Vilankulos, em Palma e gerar renda”, finalizou. 

Fonte:O País

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