A petrolífera francesa TotalEnergies está a avançar com o desenvolvimento do projeto petrolífero Kaminho, a 100 quilómetros da costa de Angola, após uma decisão final de investimento no bloco, disse na terça-feira, 21/05.
O projecto de 6 mil milhões de dólares envolve o desenvolvimento de dois campos petrolíferos localizados no Bloco 20/11, Cameia e Golfino, de acordo com um comunicado da agência nacional de hidrocarbonetos de Angola, ANPG.
A empresa de engenharia italiana Saipem irá converter um navio de transporte de crude de grandes dimensões numa unidade flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO), que ligará o petróleo dos campos offshore a uma rede de produção submarina.
“Este projecto… tornar-se-á a nossa sétima unidade FPSO no país e o primeiro desenvolvimento de sempre na bacia do Kwanza”, afirmou o CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, num comunicado.
O início da produção está previsto para 2028, com um patamar de 70.000 barris de petróleo por dia, informou a empresa francesa em comunicado.
A TotalEnergies explora o Bloco 20/11 com uma participação de 40%. A Petronas da Malásia detém outros 40% e a Sonangol de Angola 20%
Angola, onde a TotalEnergies é o principal operador, produz 1,1 milhões de barris de petróleo por dia, o que a torna o segundo maior exportador de crude de África. No entanto, os seus campos estão a diminuir 15% por ano.
O País montou uma campanha agressiva para atrair investidores, manter a produção de petróleo, criar novas reservas e aumentar a produção de gás natural, à medida que o interesse do sector se desloca para novas descobertas na Guiana, Namíbia e Suriname.
Saipem ganha 3,7 mil milhões de dólares em contratos
Entretanto, a Saipem assegurou contratos no valor de 3,7 mil milhões de dólares com uma subsidiária da petrolífera francesa TotalEnergies, para trabalhar no projecto offshore Kaminho, em Angola, informou a empresa italiana de energia na terça-feira.
Os três contratos com a TotalEnergies EP Angola Block 20 dizem respeito ao desenvolvimento dos campos petrolíferos de Cameia e Golfinho, localizados a cerca de 100 km da costa de Angola.
O comunicado da Saipem refere que os contratos confirmam a competitividade do seu modelo de negócio integrado e a sua capacidade de fornecer serviços de engenharia e gestão de projectos offshore e de instalações.
Na semana passada, a Saipem informou que ganhou um contrato offshore de 850 milhões de dólares atribuído pela Azule Energy – uma joint venture entre a Eni e a BP – para o desenvolvimento do campo Ndungu ao largo da costa de Angola.
Fonte: O Económico