Agressões a torcedores do Atlético: “Era uma armadilha, iam matar”

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A prévia do Athletic-Atlético não foi tranquila, efetivamente. A polícia local teve trabalho, pois houve distúrbios nas imediações de San Mamés antes do jogo. Além disso, os agentes tiveram que interceptar um ônibus de ultras ( torcedores radicais de extrema-direita) do Frente Atlético. Mas isso não foi tudo o que aconteceu.

Antes do jogo, Enrique Cerezo, presidente ‘colchonero’, contou à ‘Movistar’ que recebeu a notícia de que alguns torcedores do Atlético foram agredidos em um restaurante de Bilbao. “Eles foram pegos em um bar e alguns foram gravemente agredidos. Estão no hospital e estamos aguardando notícias para saber como estão. Precisamos acabar com esses radicais, porque o resultado de assistir a um jogo de futebol não pode ser pessoas feridas no hospital”, comentou.

“Aqui ninguém vem para se matar ou morrer por um jogo de futebol, apenas viemos para curtir. Então, quero dizer aos torcedores do Atlético de Bilbao e de todo o futebol espanhol, que o futebol é apenas futebol”, enfatizou.

Ao final do jogo e com o Atlético já eliminado, Tomás Reñones, ‘team manager’ do clube, também expressou a “preocupação” da equipe com as “agressões” que alguns torcedores do time madrilenho sofreram em Bilbao.

“Estamos muito preocupados com toda a nossa gente. Alguns foram agredidos, outros se salvaram milagrosamente, e estamos preocupados com as pessoas que estão aqui, estamos em contato com eles e esperamos que não piore”, declarou ao mesmo veículo citado anteriormente.

Ele também apontou que “a organização da chegada do clube ao estádio” antes do jogo foi “tremendamente negativa”. “Temos o hotel a 5 minutos e passamos 20 minutos dando voltas por Bilbao. Não sabemos exatamente por quê”, acrescentou.

Posteriormente, a esposa de um dos agredidos, Ana, contou no ‘El Larguero’ como os eventos se desenrolaram. Seu marido pertencia a uma peña ‘colchonera’ e denunciou uma má organização para o jogo. “Estamos acostumados a ter um ponto de encontro para os membros da peña. O Athletic comunicou que não havia, que os ônibus deixariam os membros da peña em paradas na rua e cada um seguiria pela cidade como pudesse”, relatou.

“Eles chegaram de manhã, estava chovendo, e entraram para comer em um restaurante, eram cerca de 15. Estavam lá há 2 horas comendo quando entrou um grupo de 50, 100… não sabem ao certo. Entraram agredindo: abriram o rosto de um rapaz, deram uma garrafada no olho de outro. Chamaram a polícia municipal, que disse que não podiam ir, pois não tinham contingente”, continuou.

Enquanto isso, chamaram uma ambulância para atender aos feridos e, durante esse tempo, os agressores invadiram novamente o bar: “Tiveram outro confronto. Começaram a bater em uma garota que tinha saído para fumar. Meu marido foi ajudá-la e o derrubaram, agrediram ele, quebraram o celular dele. Ele acabou de me escrever: acha que está com a mandíbula quebrada por um chute”.

“Quando vimos o planejamento, já sabíamos que era uma armadilha. Isso nunca deveria ter acontecido, a polícia sempre conseguiu controlar as torcidas. Não entendemos. Além disso, estavam em um bar, angustiados, temendo à morte, e a polícia não tinha gente o suficiente”, concluiu Ana.

A polícia local deteve uma pessoa acusada de distúrbios públicos e atentado contra as autoridades. Quatro agentes foram feridos acompanhando às equipes. Fontes do Departamento de Segurança informaram à ‘EFE’ que os agentes sofreram diferentes contusões, devido ao lançamento de objetos como garrafas, nos momentos em que as duas equipes entravam e saíam do campo.

Fonte: Besoccer

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