A CTA exige a normalização do Sistema de Pagamentos por forma a que sejam retomadas a das transacções comerciais, o fluxo da actividade económica e a melhoria do ambiente de negócios.
“Entendemos que quando uma mudança desta magnitude é introduzida, é fundamental que a mesma seja feita de forma cuidadosa com testes abrangentes para garantir que todos os sistemas estejam funcionando correctamente antes da implementação em larga escala”, diz a CTA, que acrescenta que tem estado a acompanhar a situação com bastante preocupação.
A agremiação representativa do sector privado moçambicano, afirma que a instabilidade no sistema de pagamentos e transacções está a ter impactos negativos significativos na economia e na confiança dos usuários do sistema financeiro nacional, bem como no ambiente de negócios.
“É constrangedor para o agente económico ou cidadão ter recursos financeiros, e não puder usufruir nem no momento, nem depois e nem dia seguinte, associado a situações de retenção dos valores monetários”. Reclama a CTA.
A CTA refere que, de modo particular, as empresas do tecido comercial que lidam directamente com o público, portanto usando POS, são as que mais sofrem, comprometendo a suas facturações diárias.
De acordo com a CTA, estima-se que cerca de 16.7 milhões de contas que enfrentam esses problemas, por exemplo, se por dia cada pessoa pretende usar um mínimo de 200 Maticais para comprar algo, a economia perde cerca de 3.340 milhões de meticais, sobretudo neste período do final do mês.
Acrescenta a CTA que, por conta da situação, “realizar pagamentos nestes dias acarreta custos de transacção bastante elevados, associados aos custos e tempo para a ida as agências bancárias, tempo de espera e outros custos não quantificáveis como a quebra de confiança entre os clientes e os provedores de serviços, remuneração extra, afectando a credibilidade do sistema financeiro nacional além dos aspectos associados à segurança, o que mina os esforços de inclusão financeira”
A CTA estranha o sil^encio do Banco de Mocambique, perante uma situação que classifica de muito grave:
“- Face a gravidade desta situação estranhamos o silêncio do Órgão Regulador e outras entidades relevantes do Sistema Financeiro nacional”
Para a CTA, “a situação contraria o esforço efectuado para modernização e expansão do sistema financeiro e a sua interligação com outras reformas, como é o caso da operacionalização da Janela Única Electrónica e do Sistema de Informação da Segurança Social de Moçambique (SISSMO), entre outros”.
A CTA “entende ser crucial que o Banco de Moçambique e a própria SIMO abordem esses problemas com urgência, identificando as causas raiz dos problemas e implementando soluções eficazes o mais rápido possível”. A CTA diz que não está a haver uma comunicação transparente com o público sobre os desafios enfrentados em meio de muita especulação e as medidas sendo tomadas para resolvê-los, é essencial para manter a confiança no sistema financeira”.
A CTA não para por aqui e avança que, “como forma de mitigar danos maiores. seria recomendável a gestão temporária do sistema nos moldes anteriores enquanto prepara-se o processo de transição para unificação da Rede de forma eficaz e eficiente”, e insta, “a Rede Simo deve esclarecer ao público o processo de reversão/estorno dos valores subtraídos dos utentes para garantir maior transparência do destino dos fundos e para credibilidade do todo sistema financeiro.
Fonte: O Económico