Galp procura parceiro para desenvolver bloco petrolífero na Namíbia – CEO Filipe Silva

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A Galp Energia, vai precisar de um parceiro para desenvolver uma prolífica descoberta de petróleo na Namíbia, uma vez que está “para além das suas possibilidades financeiras” manter uma participação de 80% no bloco de exploração que inclui o campo de Mopane, disse o Presidente Executivo, Filipe Silva, na terça-feira, 30/04.

“Vamos dar prioridade a um parceiro que esteja interessado em desenvolver rapidamente as perspectivas e que financie o Capex”, disse Silva numa conferência telefónica com analistas.

A empresa revelou na semana passada que tinha concluído a primeira fase de exploração no campo de Mopane e estimou que poderia ter pelo menos 10 mil milhões de barris de petróleo.

A Galp colocou a venda de metade da sua participação de 80% no bloco de exploração, disseram fontes à Reuters na semana passada.

“Estamos confiantes de que a Namíbia trará outra excitante avenida de crescimento para a Galp”, disse o CEO, acrescentando que o complexo de Mopane “vai ser um desenvolvimento múltiplo de plataformas de produção e armazenamento baseadas em navios (FPSO, sigla em inglês)

A FPSO” que exigiria dezenas de biliões de dólares, o que “não se espera que seja financiado pela Galp”.

“É fundamental que o mercado compreenda que quando começamos com (uma participação de) 80%, temos uma grande margem de manobra para descer, ser diluídos ao longo do tempo e trazer alguém para financiar o projecto”, disse.

A Galp também precisa de reduzir o risco de um projecto de gás natural de vários milhares de milhões de dólares na bacia do Rovuma, em Moçambique, disse.

A Galp detém uma participação de 10% no consórcio que explora gás natural na Área 4 do da Bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.

A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma joint venture em copropriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão. A Galp, Kogas (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm cada uma, participação de 10%.

O principal accionista, com uma participação de 70%, é a Mozambique Rovuma Venture, que integra a Exxon Mobil Corp, a italiana ENI, e a China National Petroleum Corporation (CNPC).

Fonte: O Económico

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