Destaques do Sporting: Deusa é de Bérgamo e deuses não foram do leão

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Do golo (e exibição prometedora) às lágrimas de uma lesão de Pedro Gonçalves; Hjulmand foi o primeiro a dizer presente e o último a cair; Gonçalo Inácio e Paulinho ligados a uma maldição em Itália que vai continuar

Franco Israel (6)
Ponderado. Continua a ganhar pontos e não ficou ligado à derrota. De resto, acabou por ser decisivo em várias ocasiões. Curiosamente, naquela em que mais brilhou, com defesa incrível a Scamacca (45+1) mas que não… valeu por fora de jogo do italiano. Travou remates de Holm (38), boa saída a mergulhar pés de Miranchuk (71), sempre atento e ponderado nas saídas. Nos golos… pouco podia ter feito.  

St. Juste (4)
Cordial. Em demasia. Apesar da velocidade, capacidade para reagir, quase nunca se deu bem com Lookman pela frente, um avançado que nunca lhe deu ‘descanso’. O nigeriano foi esperando o momento certo para ferir o leão e conseguiu muito por culpa de um deslize do neerlandês que falhou o corte no lance do golo do empate. Um golpe fatal numa exibição marcada por alguns erros, grande parte deles… decisivos.  

Diomande (6)
Patrão. Jogou no centro da defesa, forte nos duelos (é a sua praia…), sempre a vigiar Scamacca, mas também de Lookman e qualquer um que lhe foi aparecendo pela frente. Na retina ficaram dois lances, um ofensivo e outro defensivo: quase marca (54’) a cruzamento de Edwards e aos (73’) consegue de forma imperial travar um lance em que Miranchuk prometia muito…

Gonçalo Inácio (4)
Imprudente. São muito mais as que acerta do que falha, claro. Mas quando os deslizes ficam ligados aos golos, como aconteceu no passe errado que parou nos pés de Miranchuk e que depois haveria de originar o golo de Scamacca… Uma noite de alguns equívocos, de pouco acerto, a mostrar alguma falta de ritmo, num jogo intenso, após o período de paragem por lesão.

Esgaio (5)
Comedido. Até iniciou bem o jogo, conseguindo abrir espaços para as ameaças de de Edwards e até St. Juste, mas precisava de ser (muito) melhor na eficácia da decisão nas suas ações.   

Pedro Gonçalves (7)
Cruel. A Deusa é de Bérgamo mas os… deuses não estiveram com o médio (sim, ocupou a vaga de Morita no miolo). Entrou com muita dinâmica, a mostrar bom entendimento com Hjulmand e o esforço foi coroado com um golo que ele próprio iniciou, tabelando com Gyokeres antes de entrar na área para marcar. Da alegria do golo às lágrimas segundos depois com lesão que obrigou à saída imediata. O leão ganhou a batalha de Bérgamo mas perdeu Pedro Gonçalves

Matheus Reis (6)
Isento. De culpas nos golos italianos. Com frescura física, eficaz a preencher a sua zona de ação, tentando travar as subidas de Holm. Acabou por sair pouco depois do golo de Scamacca porque Rúben Amorim, em desvantagem, queria mais audácia ofensiva, algo que o brasileiro quase nunca ofereceu.  

Edwards (4)
Perdido. No jogo, na direção, nas intenções… Onde anda este extremo inglês, com notória falta de confiança, de ligação… Quase nada lhe saiu bem. Uma perda de bola a Kolasinac (14’) que não deu golo por mero milagre. Aos 83’, quando recebe na área, com espaço, tinha tudo para atirar à baliza mas optou por voltar a driblar. Uma de muitas más decisões. Mas a que mais custou aos leões foi aquele remate para as nuvens (após um tiro de Nuno Santos) aos 90 minutos. Incrível…

Gyokeres (6)
Aceso. Cedo se percebeu que dificilmente seria noite para ele. Não por falta de entrega, mas por um duelo escaldante (e muito físico…) com o compatriota Hien. Choque aqui, empurrão para lá, muita luta, mas pouco espaço apesar da constante procura pela profundidade. Não era noite para marcar mas seria para assistir, combinando na perfeição no golo de Pedro Gonçalves e aos (58’), com um toque de calcanhar quase isola Edwards mas este (mais uma vez…) foi lesto…

Trincão (5)
Corajoso. Esta num bom momento e isso fica bem visível na confiança com que vai para cima dos adversários. Pressionando bem, sempre em cima, ganhou na insistência (23’) a Djimitsi, ainda se isola, mas acabou por perder tempo para o remate. Muita transpiração, é certo, mas sem efeitos práticos.

Daniel Bragança (6)
Fresco. Começou a aquecer quase desde o início do jogo. Em bom tempo, pois com a lesão de Pedro Gonçalves, acabou por não entrar a… frio. Importante na condução (aquele primeiro toque e receção deliciou os italianos) deu uma maior frescura no miolo e ainda arriscou um remate que obrigou Musso a defesa apertada (70’).

Geny Catamo (4)
Ansioso. Querer fazer tudo rápido por vezes dá nisto. Entrou para tentar fechar as ameaças do recém-entrado Zapacosta, mas tentou olhar mais vezes para frente do que para trás. E acabou por não acompanhar o italiano que foi criando alguns desequilíbrios. Remate em arco como o Arouca mas por cima (79).

Nuno Santos (4)
Inconsequente. Acabou por não dar aquele impulso final que a equipa procurava. Algumas boas incursões, um remate com perigo (90’), mas raramente conseguiu ser um acrescento de clarividência numa altura em que havia demasiado coração.

Eduardo Quaresma (5)
Regular. Zapacosta estava fresquinho, ia ameaçando a baliza e a entrada do jovem era para fechar o corredor. Ganhou alguns duelos, perdeu outros…

Paulinho (4)
Culpado. Da mesma forma que somos obrigados a penalizar Gonçalo Inácio na perda de bola que originou o golo de Scamacca, o avançado não pode falhar, de forma quase escandalosa, quando estava na cara de Musso e arriscou um chapéu (86’). E se isso não chegasse, três minutos depois, na pequena área, com pouca oposição (e Gyokeres ao lado…) tenta desviar de cabeça mas saiu ao lado. Para fazer história em Itália não poderia haver tanto desperdício…

Fonte: A Bola

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