OS Estados Unidos da América (EUA) anunciaram, na segunda-feira, sanções económicas contra 11 altos responsáveis zimbabweanos, entre os quais o Presidente da República, Emmerson Mnangagwa, e três entidades do país, por alegada corrupção e violações dos Direitos Humanos.
O Gabinete de Controlo de Activos Estrangeiros do Departamento do Tesouro impôs sanções, nomeadamente, ao chefe de Estado e à sua mulher, Auxillia Mnangagwa, ao vice-presidente, Constantino Chiwenga, e ao general brigadeiro na reserva Walter Tapfumaneyi.
Mnangagwa é acusado de proteger contrabandistas de ouro e diamantes que operam no Zimbabwe, de dar instruções a funcionários do Governo para facilitar a venda de ouro e diamantes em mercados ilícitos e de aceitar subornos em troca dos seus serviços, entre outros crimes.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, também assinou, na segunda-feira, uma ordem executiva que põe termo à emergência nacional no Zimbabwe e revoga as sanções específicas contra o país, em vigor desde 2003, no âmbito da lei que lhe permite impor punições a indivíduos de nacionalidade estrangeira suspeitos de violarem os Direitos Humanos.
O subsecretário do Tesouro, Wally Adeyemo, disse que as alterações ao regime de sanções “destinam-se a deixar claro o que sempre foi verdade”, ou seja, que as sanções norte-americanas “não se destinam a visar o povo do Zimbabwe”.
“Hoje estamos a reorientar as nossas sanções para alvos claros e específicos: A rede criminosa de funcionários públicos e empresários do Presidente Mnangagwa, que são os principais responsáveis pela corrupção e pelas violações dos Direitos Humanos contra o povo do Zimbabwe”, declarou, citado pela Associated Press (AP).
Fonte:Jornal Notícias