Já está a ser alocado o material de recenseamento para as eleições gerais de 9 de Outubro. A informação foi avançada hoje pela Comissão Nacional de Eleições, na apresentação do calendário eleitoral.
Lembre-se, o recenseamento, que deveria estar a decorrer neste mês de Fevereiro, adiado para Março e Abril, porque ainda não havia condições logísticas e devido à época chuvosa.
O calendário eleitoral, ora apresentado esta quarta-feira, indica que o recenseamento para as eleições gerais deverá ocorrer daqui a cerca de um mês, isto é, de 15 de Março a 28 de Abril.
A falta de condições logísticas e o pico da época chuvosa determinou a alteração das datas do processo, por via da revisão da Lei do Recenseamento Eleitoral, sendo que antes tinha sido marcado para Fevereiro em curso.
A Comissão Nacional de Eleições diz haver condições já criadas, faltando apenas a alocação do material para algumas províncias. “Os materiais já estão na maior parte das províncias para se poder realizar o recenseamento, já temos as pessoas recrutadas, no caso, os agentes eleitorais e serão formados a partir da próxima semana, para poderem trabalhar neste processo eleitoral”, disse o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, Paulo Cuinica.
Cuinica falava esta quarta-feira, à margem da apresentação do novo calendário eleitoral pela CNE, aos partidos políticos e coligações.
Além do processo de recenseamento eleitoral, o calendário não prevê outras alterações. “O recenseamento eleitoral no estrangeiro será realizado entre os dias 30 de Março de 2024 e 28 de Abril de 2024. A publicação pela CNE do número total de cidadãos recenseados, será no dia 04 de Junho de 2024 a 09 de Junho de 2024”, explicou Lucas José.
Os partidos políticos não querem ver repetidos os erros do processo eleitoral passado. “Tivemos situações de mobiles avariados, nalguns locais, as listas foram pré-definidas, onde se indicava quem devia ou não recensear ”, disse Sílvia Cheia, mandatária do Movimento Democrático de Moçambique.
Para a mandatária do partido Renamo, Glória Salvador, “o problema da troca dos nomes nos cadernos eleitorais não tem a ver com chuva, mas é uma prática que acontece sempre e é feita de propósito para prejudicar o processo ”.
Já o partido Frelimo, considera que há muito trabalho a ser feito, para que se cumpram as datas previstas.
“Vamos adaptar as nossas actividades, como forma de não passar a vida a choramingar, o que vai exigir muito esforço pelo facto de o tempo estar cada vez mais a ficar curto”, disse João Muchine.
O período de submissão de candidaturas dos interessados em disputar as eleições mantém-se entre os dias 13 de Maio e 10 de Junho e a campanha eleitoral será realizada entre 24 de Agosto e 06 de Outubro.
Fonte:O País