PR celebra hoje 65 anos

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O PRESIDENTE da República, Filipe Nyusi, celebra hoje o seu 65o aniversário natalício, numa altura em que se encontra no último ano do seu segundo mandato como Chefe do Estado moçambicano.

Num dia como hoje, em 1959, nascia Filipe Jacinto Nyusi, na província de Cabo Delgado, em Namau, distrito de Mueda.

Filho de camponeses, Jacinto Nyusi Chimela e Angelina Daima, aos 14 anos, em 1973, Filipe Nyusi ingressou nas fileiras da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), tendo feito a sua preparação político-militar no Centro de Nachingwea, na vizinha Tanzania. De 1976 a 1980 frequentou a Escola Secundária da FRELIMO, em Mariri, província de Cabo Delgado, onde concluiu o 1º Ciclo do Ensino Secundário.

No seguimento da sua formação, em 1982 concluiu o 2º Ciclo na Escola Secundária Samora Machel, na cidade da Beira, província de Sofala.

O Presidente da República é casado com Isaura Ferrão Nyusi e é pai de quatro filhos.  

Na sua profissionalização, em 1990, Nyusi frequentou o curso de Engenharia Mecânica pela Academia Militar VAAZ de Brno na República Checa, onde lhe foi conferido o título de Mestre em Engenharia e galardoado com menção honrosa. Em 1999 fez a Pós-Graduação em Gestão Sénior pela Universidade Vitoria, em Manchester, no Reino Unido.

De acordo com historial disponibilizado pelo site da Presidência da República, em 1992 Filipe Nyusi deu início à sua carreira profissional na Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) em Nampula, onde desempenhou a função de operário e assistente do chefe de Serviço de Oficinas Gerais até 1993.

Ao explorar a sua versatilidade, desta vez no desporto, de 1995 a 2005 foi presidente do Clube Ferroviário de Nampula, tendo em 2004 levado-o à conquista do título de campeão nacional, tendo cumulativamente sido director executivo dos CFM-Norte.

Depois de estar em muitas posições-chave nos CFM, Filipe Nyusi é nomeado ministro da Defesa Nacional em 2008. Importa referir que também é membro da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN) e do seu Comité Nacional.

O aniversariante é membro do Comité Central, eleito pelo 10º Congresso da Frelimo, em 2012.

Já no ano de 2014 foi eleito, na III Sessão Ordinária do Comité Central, candidato da Frelimo a Presidente da República, ano em que concorreu e venceu as eleições presidenciais.

Desafios do estadista

INVESTIDO pela primeira vez a 15 de Janeiro de 2015, Filipe Nyusi tornou-se o quarto presidente da história de Moçambique independente, dando seguimento ao projecto de desenvolvimento e combate a vários desafios que o país observa.

Em 2019 voltou a merecer a confiança dos moçambicanos e foi eleito para o segundo mandato de governação, mantendo-se na rota da luta pela paz, crescimento económico e devolução da estabilidade nas zonas afectadas pelo terrorismo.

Nos nove anos de governação Nyusi lidou em 2015 com primeira contrariedade, a ocorrência de cheias no Centro do país, que danificaram a Bacia do Licungo e destruíram infra-estruturas sócio-económicas estratégicas para o desenvolvimento, com prejuízos avaliados em mais de 500 milhões de dólares.

Quase um ano depois da posse Filipe Nyusi teve também que lidar com o bloqueio económico imposto pelos parceiros de cooperação, sobretudo o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que retiraram o apoio directo ao orçamento, na sequência da eclosão do escândalo das dívidas não declaradas. Mas, apesar disso, foi possível trabalhar-se apenas com recursos financeiros internos. Não chegou a faltar salários aos funcionários públicos por conta deste bloqueio. E tanto a Administração Pública como o sector privado continuaram a operar, realizando as actividades planificadas e reorientando os programas de acção.

Um marco da sua governação está na sua deslocação, em Agosto de 2017, para as matas da Serra da Gorongosa, em Sofala, a fim de manter um encontro com o líder da Renamo, Afonso Dlhakama, no âmbito do estabelecimento da confiança entre as duas lideranças políticas. O diálogo político viria a ser continuado por Ossufo Momade, depois da morte de Afonso Dlhakama, vítima de doença, em Maio de 2018.

Foi novamente eleito Presidente da República em 2019, com início do segundo  mandato a 15 de Janeiro de 2020.

A Covid-19 obriga, logo em Março, o Chefe do Estado a anunciar medidas restritivas, à semelhança das demais nações, para assegurar o controlo da doença e evitar mortes massivas, cenário que se prolongou por três anos.

Depois de múltiplos choques internos e externos causados por esta doença, a economia inicia uma rápida restauração, fruto de acções estratégicas do Governo. Assim, em 2022 é exportado o primeiro gás natural e lançado o Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE).

Mais ainda, como resultado do sucesso evidenciado a nível de combate aos desastres naturais, em Abril de 2022 Nyusi viria a ser eleito Campeão da União Africana para Gestão do Risco de Desastres Naturais.

Ainda em Junho de 2022 Moçambique é eleito membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, assumindo o assento em Janeiro de 2023. O combate ao terrorismo em Cabo Delgado, que a partir de 2021 passa a contar com o apoio da Missão Militar Conjunta da SADC e do Ruanda, permite o regresso da população deslocada às suas zonas de origem.

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Fonte:Jornal Notícias

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