O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, está na Ucrânia para visitar a usina nuclear de Zaporizhzhya. Ele se reuniu com o presidente ucraniano Volodymir Zelensky, nesta terça-feira, antes da viagem rumo ao local.
Falando de Kyiv antes da reunião, Rafael Mariano Grossi ressaltou a importância de garantir a proteção das instalações, de modo a impedir que haja um “acidente radiológico afetando as vítimas da guerra”.
Situação frágil de proteção nuclear
No entanto, ele afirmou que no momento não há espaço para “complacência” e que a situação “está longe de ser estabilizada”.
Grossi disse que os fatores ligados ao suprimento externo de energia já causaram oito apagões completos, que impediram que a unidade realizasse corretamente sua função de resfriamento, necessitando assim de geradores de emergência.
A visita, prevista para esta quarta-feira, irá avaliar questões importantes e acontecimentos recentes relacionados à ainda frágil situação de proteção nuclear no local.
Grossi informou ao presidente Zelensky que os principais objetivos da missão incluem avaliar o estado dos atuais sistemas de energia e refrigeração essenciais para a segurança da planta e os níveis de pessoal qualificado.
Preocupação com falta de pessoal
Uma das maiores preocupações apontadas pelo chefe da agência é o número reduzido de funcionários trabalhando nesta grande instalação de energia.
Esta será a quarta vez que o diretor-geral da Aiea atravessa a linha da frente da guerra para visitar a central eléctrica, cujos seis reatores estão todos desligados há quase 18 meses. No entanto, a usina ainda contém grandes quantidades de combustível nuclear que devem ser mantidos adequadamente refrigerados.
Grossi será acompanhado por um grupo de especialistas da Aiea que substituirão esta semana a atual equipe da agência presente no local. Será a 16ª equipe da Missão de Apoio e Assistência da Aiea a Zaporizhzhya desde que foi criada em 1 de setembro de 2022.
Fonte: ONU