A INTEGRAÇÃO de pessoas com deficiência visual, com destaque para acesso ao emprego, continua um desafio para os jovens formados na cidade da Beira e em Sofala, no geral, segundo avançou o delegado da Associação dos Cegos e Amblíopes de Moçambique (ACAMO), José Salifo, por ocasião da passagem do Dia Internacional da Grafia Braile, que se assinala anualmente a 4 de Janeiro.
Em entrevista ao “Notícias”, Salifo destacou que alguns dos jovens com problemas de empregabilidade têm formação superior.
“Nós estamos a ter grandes dificuldades. Cinco jovens que terminaram a licenciatura nas áreas sociais ainda não têm emprego, sobretudo tendo em conta que um dos ministérios que mais contrata é o da Educação e a maior parte dos nossos colegas se forma em docência”, disse o delegado.
O responsável da ACAMO em Sofala explicou que o braile é uma ferramenta essencial para que as pessoas com deficiência visual possam ter acesso à educação e formação.
Explicou que, antes da descoberta e introdução desta grafia, notava-se claramente a exclusão desta camada, pois não era possível ter uma educação e formação académica como actualmente.
“A grafia braile representa para nós um sinal de independência, inclusão e participação activa da pessoa com deficiência visual na vida da sociedade, tendo como base a leitura e escrita”, explicou.
Fonte:Jornal Notícias