O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) diz ter registado seis raptos e cinco tentativas deste crime, somente este ano na Cidade de Maputo. A informação foi avançada esta quinta–feira pelo porta-voz do SERNIC, que anunciou, igualmente, o resgate de uma cidadã em cativeiro que havia sido raptada no passado dia 01 de Novembro.
São três indivíduos, segundo o SERNIC, apanhados na rota dos raptos na capital do País. Os homens apresentados esta quarta-feira pelas autoridades são acusados de terem raptado, no passado dia 01 de Novembro, na Cidade de Maputo, uma cidadã que foi mantida em cativeiro por quase dois meses. A vítima, resgatada pelo SERNIC, está sob custódia das autoridades e poderá ser submetida a exames médicos para se aferir o seu estado sanitário. Trata-se de Dassat, filha de um agente económico de nome Ahmad Rafik.
Dos indiciados, ora detidos, um deles actuava como motorista que tinha a responsabilidade de levar víveres e outros produtos para o cativeiro que está localizado no bairro Sikwama, no Município da Matola.
O suspeito diz, no entanto, que não sabia que estava a fazer trabalhos para um grupo de raptores, mas assume que levava alimentos para a casa onde estava o tio. “Eu não sabia, mas o meu tio, chamo-o assim por respeito, dava-me recomendações para trazer coisas aqui.”
Um outro homem, de aparentemente 40 anos, assume que esteve na residência que funcionava como cativeiro, e a sua missão era controlar a vítima a qual acompanhava para casa de banho. Confessou, por outro lado, que tinha ordens para vigiar permanentemente a vítima. “Sim, eu fiquei no quarto com ela. Cuidava dela, dava comida e não fazia mais nada, até quando nos encontraram estava lá dentro.”
O SERNIC diz que chegou até ao cativeiro através de denúncias e garantiu que não se pagou nenhum valor de resgate.
“Chegámos ao cativeiro através de denúncias e informações operativas que estão em nosso poder. Estamos a trabalhar para esclarecer este crime, porque há outros elementos do grupo que se encontram foragidos. Estes três indivíduos, com os seus comparsas, raptaram a cidadã e nós conseguimos chegar a ela e resgatá-la. Infelizmente, ainda não chegámos aos mandantes, mas estamos a trabalhar para esclarecer este e tantos outros casos.”
Hilário Lole disse ainda que as autoridades continuam à procura de outros integrantes do grupo que escaparam, incluindo os mandantes até aqui não identificados.
Fonte:O País