O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) poderá submeter em breve à Autoridade Nacional de Biossegurança (ANB) resultados da investigação sobre as potencialidades de variedades de sementes de milho transgénica (geneticamente modificado), de tolerância à falta de chuva e resistentes a pragas, problemas que têm estado na origem da redução das colheitas por parte dos produtores, com destaque para os do sector familiar.
A ANB é a entidade que estabelece as normas de biossegurança e mecanismo de fiscalização para autorização das variedades antes da liberalização.
Segundo Egas Nhamusso, investigador do Instituto de Investigação Agrária de Chókwè, um dos seis locais do país onde está em curso o processo de avaliação multi-local das variedades de milho geneticamente modificado, assegurou que os resultados são animadores. “As plantas têm se mostrado tolerantes à falta de água e resistentes aos ataques da lagarta do funil de milho, tido como mais perigosa para os produtores”, referiu.
Segundo o IIAM, ao contrário do que se pensa, as variedades geneticamente modificadas, a par das comuns, não são prejudiciais à saúde humana
As várias agências, com destaque para o Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) têm estado a investigar os transgénicos antes da sua permissão para o cultivo.
Os dados foram tornados públicos está manhã durante a visita do campo, realizada no âmbito do seminário de formação de jornalistas de Gaza em matéria de biotecnologia.
Fonte:Jornal Notícias
