A extradição do suposto chefe dos esquadrões de raptos em Moçambique, detido em Janeiro passado, na África do Sul, continua com data incerta. A ministra da Justiça explicou hoje que o processo está refém da assinatura de um acordo de extradição entre Moçambique e África do Sul.
Depois do adiamento em Janeiro, a extradição do cidadão moçambicano, Ismael Nangy, indiciado pela justiça de ser mandante de raptos no país, ainda não tem previsão. A ministra da Justiça, abordada pela imprensa esta segunda-feira, explicou que a extradição está refém da assinatura de um acordo de extradição entre Moçambique e África do Sul.
Helena Kida fez saber que as partes estão a finalizar o acordo para o benefício das duas partes.
“Infelizmente, Moçambique e África do Sul ainda não têm um acordo de extradição. É verdade que já iniciamos o processo com vista a assinar o acordo de extradição que permita que cidadãos sul-africanos que pratiquem alguma acção criminosa estando em Moçambique possam ser extraditados e o mesmo aconteça com cidadãos moçambicanos na África do Sul. Está numa fase de finalização e não é por conta da inércia do nosso Estado; temos todo o interesse”, explicou.
Kida disse que o Governo espera assinar o acordo a qualquer momento para viabilizar a extradição.
O suposto chefe dos esquadrões de raptos está em prisão preventiva na África do Sul, depois de ser capturado pela Interpol em Pretória.
Fonte:O País