Um ataque a uma caravana de cinco ambulâncias na faixa de Gaza fez, nesta sexta-feira, 15 mortos e cerca de 60 feridos nas imediações do hospital Al-Shifa. O exército Israelita assumiu o ataque e diz que visava eliminar uma célula terrorista do grupo Hamas.
Através de uma das redes sociais, o director-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, também condenou o ataque,dizendo que Pacientes, profissionais de saúde, instalações e ambulâncias devem ser protegidos em todos os momentos.
Os ataques a civis não param na Faixa de Gaza.
Na noite desta sexta-feira, o exército israelita efectuou um bombardeamento aéreo contra ambulâncias que transportam feridos, que saem do hospital al-shifa, na faixa de Gaza.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo palestiniano hamas, contabilizou 13 mortes e 26 pessoas feridas e pede responsabilização criminal dos responsáveis pelas fatalidades.
“Pedimos à comunidade internacional que responsabilize as forças de ocupação por este crime contra o pessoal médico e as ambulâncias”, afirmou em comunicado o Ministério da Saúde.
As Forças de Defesa de Israel reconheceram o ataque e justificam.
“Reconhecemos uma célula terrorista do Hamas usando uma ambulância. Em resposta, um avião das FDI atacou e neutralizou os terroristas do Hamas, que operam dentro da ambulância”, acrescentou.
Uma informação que foi imediatamente desmentida pelo Ministério da Saúde de Hamas, através de uma nota publicada na plataforma de mensagens Telegram.
“As afirmações de Israel sobre a presença de combatentes no interior das ambulâncias visadas são falsas e são novas mentiras para além das constantes mentiras utilizadas para justificar os seus crimes”.
Esta madrugada, o Hamas também afirmou que 20 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas num ataque que visava uma escola transformada em campo improvisado para deslocados na zona de al-Saftaoui, no norte da Faixa de Gaza.
As autoridades sanitárias explicaram que há centenas de pessoas gravemente feridas e gravemente doentes que já não podem ser tratadas no hospital Al-Shifa e que requerem internamento em hospitais da República Árabe do Egito, mas temem por mais ataques.
Fonte:O País