Mais de cinco mil discos pirateados foram apreendidos na capital de Sofala
A Inspecção nacional das actividades económicas continua a apertar o cerco aos comerciantes desonestos que têm vendido produtos alimentares fora do prazo, na cidade da Beira, assim como aos produtores de discos contrafeitos. Na manhã de ontem, diversos produtos alimentares apreendidos em vários estabelecimentos comercias foram destruídos e os proprietários penalizados em mais de 200 mil meticais. Em relação aos discos contrafeitos apreendidos, a INAE explicou que é o culminar do projecto stop à pirataria. De acordo com o Inspector António Chisseve, foram apreendidos mais de cinco mil discos, dos quais mais de 600 fonogramas e cerca de 4 300 videogramas. “Vender discos pirateados é uma violação do direito do autor. Como inspecção, somos chamados a contrariar esta situação, daí que nos vimos obrigados a actuar”, referiu. A nossa equipa deslocou-se, na manhã de ontem, ao mercado do maquinino, centro da venda de discos pirateados, e lá estavam os vendedores, que de forma destemida falaram à nossa reportagem. Délcio Manuel, um dos vendedores, afirmou que tem um computar pessoal que usa para baixar músicas na internet e, depois, grava-os em discos, para posterior comercialização. “Não tenho emprego, esta é a única forma que encontrei de conseguir dinheiro para o meu sustento. Entre mendigar ou roubar, prefiro piratear discos, até conseguir um emprego. Sei que é um crime, mas não tenho alternativa”, justificou. No mesmo mercado, vendem-se, também, discos originais, mas, de acordo com os vendedores, devido à diferença de preços, que chega a ser de cerca de 400 meticais, os seus clientes preferem os discos piratas. Por seu turno, a INAE garantiu que a inspecção será permanente, até que os comerciantes ganhem consciência de que estão a infringir a lei.
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