Investimento vietnamita em Moçambique: Viettel quer instalar Internet da 4.ª geração

A MULTINACIONAL vietnamita de telefonia móvel Viettel propôs ao Governo moçambicano a concessão, o mais cedo possível, de uma licença para a instalação de equipamento da quarta geração (4G) no país.

A proposta foi apresentada ontem pela liderança do principal accionista da Movitel no encontro com o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, durante uma visita à sede da Viettel na cidade de Hanói.

A Internet 4G é até dez vezes mais rápida que a 3G. Além disso, é muito mais estável, permitindo uma conexão normal mesmo em meios circulantes. Os seus usuários têm a facilidade de enviar e receber dados, e ver filmes em alta qualidade.

Na interacção durante o encontro, que contou com a participação de membros da Movitel em Maputo, através de videoconferência, a liderança da Viettel propôs ainda a criação de um fundo em divisas para ajudar investidores em caso de flutuações cambiais.

Sobre a instalação da tecnologia 4G, Carlos Agostinho do Rosário disse que o país está aberto a expansão das actividades da Viettel em Moçambique.

“Mas isso tem de ser dentro da legislação e regulamentos que temos. Convidamo-los para que possam discutir com o sector das comunicações os melhores caminhos para aceder ao que nos pedem”, disse.

Segundo o primeiro-ministro, seria bom que tal acontecesse, já que a Viettel “está disponível a levar consigo mais empresários para diversificar os investimentos do grupo em Moçambique”.

“Podem contar com o nosso apoio e carinho dentro do que é possível e do que está regulamentado”, afirmou.

Carlos do Rosário saudou a presença da Viettel em Moçambique, através da Movitel, por prestar serviços de telefonia móvel em zonas recônditas. “Isso é muito bom para o desenvolvimento de Moçambique”.

Quanto à criação do fundo, cujos detalhes não foi possível apurar, o primeiro-ministro reconheceu que foi colocado um desafio para se trabalhar em conjunto para que o ambiente de negócios seja mais atractivo em termos dos níveis de inflacção.

Segundo o governante moçambicano, o assunto está dentro do programa do Governo, que quer que os níveis de inflacção estejam sob controlo e sejam os mais baixos possíveis, para que a taxa de juro no mercado também possa ser favorável ao investimento, proporcionando mais empregos.

Disse ser encorajador o esforço feito desde o ano passado, em que a inflacção, em Novembro, era de 26 por cento, mas que agora ronda os 18 por cento.

“Sentimos que ainda é alta, mas as perspectivas ao nível de acções combinadas, quer da produção quer fiscais e monetárias, deixam-nos confiantes que a melhoria do ambiente de negócios será realidade em Moçambique”.

Almiro Mazive, AIM, em Hanói