Diogo salva Lucas Barrarrijo da fúria dos adeptos “locomotivas”

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Ferroviário de Maputo vence seu homónimo de Nampula por 2-1 na Taça Moçambique

Depois da derrota na primeira mão por uma bola sem resposta, o Ferroviário de Maputo não quis perder tempo no jogo de ontem e logo ao primeiro minuto fez questão de empatar a eliminatória, com um golo de belo efeito apontado por Mário, depois de uma excelente jogada de Diogo, que tira dois adversários do caminho e serve Mário. Sem dar tempo ao seu homónimo reagir, os “locomotivas” de Maputo voltaram a marcar, dois minutos depois, num cabeceamento de Luís, após cruzamento de Chijioke. Estava já feita a cambalhota na eliminatória. Mas havia ainda muito tempo por jogar. Era preciso esperar para ver o que o Ferroviário de Nampula iria fazer para mudar os acontecimentos a seu favor. E nada satisfeito com o desenvolvimento da sua equipa, Arnaldo Salvado acabou fazendo mesmo uma substituição aos 20 minutos, tirando Kalanga e fazendo entrar Osvaldo. E a substituição surtiu efeito, pois, seis minutos depois o Ferroviário de Nampula reduz, por intermédio de Hamadou, que aproveitou uma fífia de Simplex, que defendeu a bola para onde estava o atacante dos nampulenses, que só encostou para o 2-1. Estava revirada a eliminatória a favor da turma de Arnaldo Salvado. E já estava mais perigosa a “locomotiva” de Nampula que carburava a todo vapor, procurando encurralar o seu “mano” na sua zona defensiva. Por duas vezes podia ter empatado o jogo, mas o primeiro chapéu de Kume saiu ao lado e depois o livre de Hamadou foi defendido por Simplex. Com a vantagem do Ferroviário de Maputo no jogo e do Ferroviário de Nampula na eliminatória foi-se ao intervalo. O reatamento trouxe um Ferroviário de Nampula mais transfigurado e com mais carácter, mais rematador e mais perigoso. Simplex que o diga, pois por duas vezes teve que se aplicar para evitar o pior. Do outro lado, Barrarrijo via-se a olhos vistos a perder a eliminatória e tinha que fazer algo para marcar pelo menos um golo. Mas havia displicência dos seus avançados, que não ganhavam as segundas bolas e iam perdendo soberbas oportunidades de dilatar o marcador. Aliás, numa das oportunidades, teve que ser Bino a evitar um golo que até seria de um defesa na própria baliza. Bino teve que se esticar para defender, quando adeptos já gritavam golo. E a obra-prima de Diogo estava por vir. De fora da área, num remate de raiva, um míssil que quase furava as redes de Bino. O guarda-redes de Nampula ainda se esticou, mas debalde, porque a bola só parou no fundo das malhas. Novamente revirada a eliminatória, desta feita a favor do Ferroviário de Maputo. No último minuto do jogo, num canto, quase a história mudava. Bino, guarda-redes do Ferroviário de Nampula, foi cabecear como mandam as leis, de cima para baixo e quase gelava o Estádio da Machava, mas a bola saiu por cima. Venceu a “locomotiva” de Maputo, numa grande propaganda do futebol moçambicano.

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