Maputo na rota da TICAD VII

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Maputo acolhe nos dias 25 e 26 de Agosto a reunião ministerial da Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento de África

Faltam rigorosamente 35 dias para a Cidade de Maputo acolher a reunião ministerial da Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento de África (TICAD, na sigla em inglês) que vai discutir os resultados da TICAD VI, realizado no Quénia, em 2016, e alinhar ideias para a TICAD VII, que se vai realizar na cidade de Hokohama, no Japão, em 2019.

Previsto para os dias 25 e 26 de Agosto próximo, o encontro de Maputo será a miniatura do que vai acontecer dentro de dois anos, em Tóquio, com a presença de governantes de países africanos, do Japão e dirigentes de instituições multilaterais, como é o caso do Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Mundial, União Africana e Nações Unidas, para além de investidores em África. 

Por ser um país que depende do comércio internacional, o Japão aproxima-se, cada vez mais, de Moçambique, como porta de entrada para a venda dos seus produtos aos países do interland na região Austral de África. “Toda a zona leste de África é estratégica para nós, porque nos possibilita a aproximação com os países do interior. É o caso do Egipto, mais para o norte, Etiópia, Quénia, e Moçambique, mais para o sul”, disse o responsável pelo Gabinete de Cooperação Internacional no Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, Hiroaqui Ichiba.

Por seu turno, o presidente para África da Associação Japonesa dos Executivos Corporativos, Yasuhiko Yokoi, avançou que para além da localização geográfica, pesa na balança dos investidores japoneses a decisão de investimento, a situação política do país e a língua que se fala. Na questão de língua e situação política, países como Tanzânia e África do Sul levam vantagem em relação a Moçambique.

Com ou sem vantagem, a verdade é que o investimento da Agencia Japonesa para Cooperação Internacional (JICA, na sigla inglesa) nos corredores de Maputo e Nacala mostra que há um forte interesse do Japão em Moçambique. As empresas japonesas com investimento em Moçambique actuam, sobretudo, nas áreas da indústria extractiva, energia, construção e comércio internacional.

O director-geral do Gabinete de Relações Internacionais na cidade de Hokohama, Makoto Sekika, disse esperar que o evento de Maputo traga contribuições importantes para a realização da TICAD VII, no Japão. “Farei parte da delegação que vai a Maputo no âmbito da TICAD e, como sempre, temos a convicção de que teremos resultados concretos em termos de melhoria das relações entre Japão e os países africanos, particularmente com o sector privado local”, realçou o responsável.

JAPÃO BUSCA APOIO DE ÁFRICA PARA ORGANIZAR EXPO-2025

O Japão continua a buscar apoio de países de África, incluído Moçambique, para organizar a Expo-2025, nas cidades de Ossaka e Kansai, disse a jornalistas Chigiri Sakashita, director-geral do comité de organização da exposição no Japão. Os nipónicos apresentaram sua candidatura, em Abril passado, contando com a França, Rússia e Azerbaijão como concorrentes, pois também se apresentaram no Escritório Internacional de Exposições (BIE, na sigla em francês), com sede em Paris.

Reconhecendo o facto da Rússia e França serem candidatos fortes, o Japão desdobra-se em campanha para convencer os países africanos a votarem em si, numa campanha onde a tecnologia é dominante.

A candidatura do Japão para Osaka e Kansai tem como tema “Conceber a sociedade do futuro, imaginar nossa vida amanhã”, para uma exposição que ocorrerá de três de Maio a três de Novembro de 2025.

O governo japonês estimou que poderá acolher cerca de 30 milhões de visitantes. Mas, para tanto, calculou custos na ordem dos 125 biliões de ienes (pouco mais de um bilião de dólares) com a construção das instalações e mais 0.4 triliões de ienes (cerca de 36 biliões de dólares) para executar o plano, totalizando pouco mais de 37 biliões de dólares investimentos.

Apesar dos altos custos, o governo japonês acredita em um grande retorno, prevendo que o impulso indirecto para a economia poderia gerar 1.1 triliões de ienes (cerca de 90 biliões de dólares).

A França apresentou sua candidatura em 22 de Novembro para organizar este evento na região parisiense com o tema “O conhecimento para compartilhar, o planeta para proteger”.

A última exposição universal foi realizada em 2015, no Milão, e atraiu 21 milhões de visitantes. A próxima será em Dubai, de 20 de Outubro de 2020 até 10 de Abril de 2021.

Fonte: O Pais -Economia

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