Com o apoio de Portugal: Moçambique poderá criar unidade de investigação de acidentes aéreos

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Moçambique poderá criar, em breve, uma unidade de investigação de acidentes aéreos, com o apoio da Autoridade Nacional de Aviação Civil de Portugal, disse o ministro dos Transportes e Comunicações, no fim de um encontro de trabalho mantido com o presidente daquele organismo luso, Luís Miguel Ribeiro, na sua última visita de trabalho a Portugal.

O governante disse que, para além da cooperação na área da segurança aérea, estão igualmente em perspectiva acções de formação de pessoal técnico em diversas áreas da Aviação Civil moçambicana com o apoio português.

No encontro que manteve com o presidente da Autoridade Nacional de Aviação Civil de Portugal, Carlos Mesquita agradeceu a excelente cooperação que tem havido entre as autoridades aeronáuticas de Moçambique e de Portugal, que resultou na retirada das companhias aéreas moçambicana da lista negra da União Europeia.

Com efeito, no trabalho desenvolvido para a retirada de Moçambique daquela lista, o nosso País contou com a contribuição de um especialista português enviado pela União Europeia, que tinha como objectivo principal ajudar a melhorar as condições de segurança aeronáutica moçambicana, aspecto que também mereceu o reconhecimento do titular da pasta dos Transportes e Comunicações, durante o encontro.

Carlos Mesquita visitou Portugal, recentemente, com o objectivo de trocar experiência sobre a organização e funcionamento dos sistemas de transportes e comunicações, bem como identificar as potencialidades para enriquecer a cooperação entre os dois países, no pelouro que dirige.

Durante a visita, foi igualmente celebrado, na cidade de Leixões, um acordo de cooperação no domínio dos transportes marítimos e portos, entre Moçambique e este país europeu, que abre espaço para uma maior aproximação entre os dois países nesta área. Assinaram o acordo a ministra do Mar de Portugal, Ana Paula Vitorino e titular moçambicano dos Transportes e Comunicações.

Na ocasião, os dois governantes asseguraram que as equipes técnicas deverão trabalhar na elaboração, imediata, de um plano de acção com objectivos e metas concretas, para a viabilização e implementação dos entendimentos formalizados no Acordo.

Também no encontro havido com o secretário de Estado das Infra-estruturas, Guilherme d’Oliveira Martins, foram abordados mecanismos do reforço de cooperação na área ferroviária, aeroportuária e da expansão da rede de telecomunicações em Moçambique, havendo perspectivas da contribuição de Portugal no programa em curso para a ampliação e modernização das infra-estruturas ferroviárias, como a linha férrea de Ressano Garcia e o projecto da construção da linha férrea e do Porto de Macuse.

Para atrair o investimento do sector privado luso, Carlos Mesquita manteve ainda encontros com o presidente da NAV Portugal, Albano Coutinho; o presidente do Grupo Sousa-Cabotagem Marítima, Luís Miguel Sousa; o presidente do Grupo Visabeira, Fernando Nunes; o presidente do Grupo Rangel – Pharma, Eduardo Rangel, para além de ter efectuado visitas de trabalho ao Porto de Leixões; Escola de Aviação da empresa Sevenair, em Cascais; Escola Náutica Infante Dom Henrique, entre outros locais de interesse para o sector dos Transportes e Comunicações.

No Grupo Rangel, uma empresa que se dedica à logística, criada no ano 2008, especializada na gestão de aprovisionamentos e distribuição física dos produtos farmacêuticos, que actua no mercado moçambicano há 8 anos foi abordada a intenção daquela companhia em estabelecer parceria com a empresa Correios de Moçambique, para fornecer serviços de logística para a gestão e transporte de medicamentos.

@Verdade – Economia

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