MAPUTO- “É importante a gestão das operações financeiras do Estado no actual cenário da não entrada da ajuda externa e é igualmente necessário considerar como um grande desafio a incerteza da retomada do programa do FMI”, disse Filipe Nyusi, falando na inauguração de dois novos edifícios do Banco de Moçambique.
A economia moçambicana, começa a dar sinais de recuperação, mas continua a enfrentar obstáculos, nomeadamente a volatilidade dos preços das matérias-primas que o país mais exporta.
“Continuamos a advertir para o acompanhamento e monitoria dos indicadores macroeconómicos face a diferentes riscos e incertezas, como a volatilidade dos preços das `commodities´”, acrescentou o chefe de Estado.
O Presidente sublinhou que as medidas tomadas de forma coordenada pelas várias instituições governamentais permitiram que o controlo da inflação e da taxa de câmbio, depois de estes indicadores terem registado níveis preocupantes nos últimos dois anos.
“Hoje, a taxa de câmbio do metical em relação ao dólar situa-se em torno de 60 meticais contra o pico de 80 meticais que atingiu em 2016 e a inflação baixou dos 25%, no final de 2016, para 20,7, em Maio do presente ano”, frisou Nyusi.
Para consolidar os sinais de retoma que tem estado a registar, prosseguiu Filipe Nyusi, o país deve capitalizar as vantagens comparativas de que dispõe, nomeadamente nos recursos naturais.
As instituições financeiras internacionais e os principais doadores suspenderam a ajuda a Moçambique, após a descoberta em Abril do ano passado de empréstimos de mais de dois mil milhões de euros secretamente avalizados pelo Governo moçambicano entre 2013 e 2014.
Os parceiros internacionais condicionavam a retomada da ajuda à realização de uma auditoria internacional aos referidos empréstimos.
http://www.folhademaputo.co.mz//pt/noticias/nacional/e-um-grande-desafio-a-incerteza-da-retomada-do-programa-do-fmi-nyusi/