As Nações Unidas revelaram que o auxílio militar e as transferências de armas e munições de vários países para as Forças Armadas ucranianas continuaram nos últimos meses.
O vice alto representante do Escritório das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento, Adedeji Ebo, reiterou ao Conselho de Segurança que a busca de uma paz justa e duradoura na Ucrânia continuará a ter atenção da organização.
Armas convencionais pesadas
O alto funcionário classificou como “muito preocupantes” os relatos sobre a transferência e utilização de munições de fragmentação durante o conflito e fez eco às declarações do secretário-geral pelo fim do uso do tipo de armamento.
Entre o material transferido estão armas convencionais pesadas, como tanques de guerra, veículos blindados de combate, aviões de combate, helicópteros, sistemas de artilharia de grande calibre, sistemas de mísseis e veículos não tripulados.
De acordo com a ONU, a lista inclui munições operadas remotamente, armas ligeiras e de pequeno calibre e suas munições.
O representante também citou relatos de Estados que “transferiram, ou planeiam transferir, armamento com veículos aéreos não tripulados, mísseis balísticos e munições para as forças armadas russas” e que foram utilizados na Ucrânia.
Morte de civis
De acordo com o Escritório do Alto Comissário para os Direitos Humanos, o conflito na Ucrânia já provocou 29.731 vítimas civis. Deste número houve 10.287 mortos e 19.444 feridos e o total pode ser consideravelmente mais altos.
Em nota, lançada em Genebra, o escritório deplorou o assassinato de civis num ataque realizado na cidade ucraniana de Donetsk, sob controlo de Rússia, em que foram atingido dois mercados locais e uma área residencial próxima.
Decorre a busca de mais informações sobre o ataque e relatos preliminares indicam que civis foram mortos no ataque, apesar da “falta de acesso a Donetsk e a outras áreas da Ucrânia ocupadas pela Rússia.”
O escritório considera essencial que seja feito um apuramento de forma completa, rápida e independente para determinar os factos e a responsabilidade do ataque. A recomendação é que a investigação determine “se o ato violou a lei aplicável à condução de combates, com vista a garantir a responsabilização”.
Para o alto comissário dos Direitos Humanos, Volker Turk, o direito humanitário internacional deve ser rigorosamente respeitado e as partes em conflito “tomar todas as precauções necessárias para evitar vítimas civis e protegê-los de perigos.”
Fonte: ONU