MAPUTO – No anúncio, a Comissão Liquidatária, confiada pelo Banco de Moçambique à Deloite and Touch, refere que pretende alienar, através de venda directa, a carteira de crédito detida pelo “Nosso Banco” a outras instituições de crédito e sociedades financeiras.
Ao que o mediaFAX soube de fonte próxima ao processo, a carteira de crédito constitui o grosso do activo do extinto banco, muito acima dos valores de depósito e dos bens móveis e imóveis pertencentes ou que eram pertença da instituição. Nisto, soube ainda o jornal, a carteira de crédito, agora no mercado, ascende os 3 mil milhões de Meticais (49,497,416.06 dólares norte-americanos).
“Com a venda da carteira de crédito espera-se ter a maior contribuição para o apuramento da massa falida, que depois vai ser reembolsada aos credores”, referiu a fonte.
O que efectivamente vai acontecer, explicou a fonte, é que os interessados irão adquirir, a preços e critérios a serem negociados com a Comissão Liquidatária, a carteira de crédito disponível e em função do período de maturação, o comprador responsabiliza–se pelas respectivas cobranças, a conta e risco próprios.
Apesar de circular a indicação de que boa parte do crédito está numa situação de “crédito mal parado”, o mediaFAX soube que, nos últimos tempos, muitos mutuários têm procurado a Comissão Liquidatária para negociar os pendentes que têm com o banco.
Nisto e apesar de algumas nuances de desvantagem, a Comissão Liquidatária entende que todo o esforço deverá ser feito para assegurar que o preço da venda esteja o mais próximo possível do preço nominal do crédito.
O Banco de Moçambique concedeu à Comissão Liquidatária um período de um ano para a gestão de todo o processo relacionado com a liquidação do banco.[CC]
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