Enviado alerta sobre piora da crise no Iêmen e pede libertação de funcionários da ONU

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O enviado especial para o Iêmen, Hans Grundberg, falou nesta quinta-feira aos membros do Conselho de Segurança e ressaltou que seu principal objetivo continua sendo a mediação de uma solução sustentada e justa para o conflito no país.

Ele mencionou que seu escritório está se preparando para novas consultas com os partidos políticos e a sociedade civil para promover uma visão de um processo de paz inclusivo no país.

Prisões

Hans Grundberg, reiterou sua profunda preocupação com as contínuas prisões arbitrárias pelos Houthis de funcionários da ONU e membros da sociedade civil, pedindo sua libertação imediata.

Ele alertou que essas prisões afetam severamente o espaço civil e os esforços humanitários no Iêmen. Para o enviado especial, a situação está se deteriorando, agravada pela guerra em Gaza, que aumentou a instabilidade regional e “provocou ataques a navios no Mar Vermelho”, incluindo a um petroleiro grego, o que levou ao seu abandono.

Grundberg disse que o incidente levantou temores de um derramamento de petróleo catastrófico e uma catástrofe ambiental em uma escala sem precedentes. Um derramamento de petróleo dessa magnitude teria consequências terríveis para o Iêmen e para a região em geral.

Falsas acusações

Ele enfatizou a importância do apoio do Conselho de Segurança aos seus esforços, particularmente na busca da libertação de funcionários da ONU detidos, bem como na refutação de falsas acusações contra a ONU.

Recentemente, houve alegações dos Houthis de que algumas agências e parceiros da ONU estavam “conspirando para destruir” o sistema educacional do país. As Nações Unidas rejeitaram as alegações, afirmando que “essas declarações falsas são infundadas e ameaçam ainda mais a segurança da equipe e prejudicam a capacidade da ONU e seus parceiros de atender ao povo do Iêmen”.

Desnutrição

A subsecretária-geral interina para Assuntos Humanitários, Joyce Msuya, disse que, pela primeira vez, três distritos – dois na província de Hodeidah e um em Taiz – estão enfrentando níveis extremamente críticos de desnutrição.

A projeção é de que mais quatro distritos atinjam esse nível até outubro. Até o final de 2024, estima-se que mais de 600 mil crianças nas áreas controladas pelo governo do Iêmen estejam com desnutrição aguda.

O apelo humanitário coordenado para o Iêmen tem apenas 28% de financiamento.

Em resposta à grave falta de financiamento para esse apelo, o Escritório de Assuntos Humanitários da ONU liberou US$ 20 milhões do Fundo Central de Resposta a Emergências da ONU para ajudar o trabalho no território iemenita.

Fonte: ONU

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