É improvável que o painel ministerial da OPEP+ recomende quaisquer alterações à política de produção de petróleo numa reunião na quarta-feira, 03 de Abril, disseram cinco fontes da OPEP+ à Reuters, numa altura em que os preços do petróleo atingiram o seu máximo este ano.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados liderados pela Rússia, conhecidos como OPEP+, irão realizar uma reunião online do Comité Ministerial Conjunto de Monitorização (JMMC), no dia 3 de Abril, para analisar o mercado e a implementação dos cortes de produção que os membros já concordaram em prolongar.
O petróleo subiu este ano, sustentado por uma oferta mais restrita e por ataques às infra-estruturas energéticas russas e pela guerra no Médio Oriente. O petróleo bruto Brent atingiu 89 dólares por barril na terça-feira, 02 de Abril, contra 77 dólares no final de 2023.
Duas das fontes, que pediram para não serem identificadas por não estarem autorizadas a falar publicamente, disseram esperar uma reunião directa, citando a decisão anterior de prolongar os cortes na produção. A reunião está agendada para as 13h00, hora de Viena (11:00 GMT).
Os membros da OPEP+, liderados pela Arábia Saudita e pela Rússia, concordaram no mês passado em alargar os cortes voluntários na produção de 2,2 milhões de barris por dia (bpd) para apoiar o mercado. Os cortes são voluntários, na medida em que não são partilhados por todos os membros do grupo.
O Vice-Primeiro-Ministro russo, Alexander Novak, afirmou na sexta-feira, 29 de Março, que a Rússia decidiu concentrar-se na redução da produção de petróleo e não nas exportações no segundo trimestre, a fim de distribuir uniformemente os cortes de produção com outros países membros da OPEP+.
Quando as restrições voluntárias expirarem no final de Junho, os cortes totais da OPEP+ deverão diminuir para 3,66 milhões de bpd, tal como acordado em etapas anteriores, a partir de 2022.
O JMMC reúne os principais países da OPEP+, incluindo a Arábia Saudita, a Rússia e os Emirados Árabes Unidos.
O painel reúne-se habitualmente de dois em dois meses e pode fazer recomendações para alterar a política, que podem depois ser discutidas e ratificadas numa reunião ministerial completa que inclua todos os membros.
Fonte: O Económico
