Superioridade, regras e… Farense: tudo o que disse Amorim

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Treinador do Sporting elogiou prestação da sua equipa, diz ser bom ir em vantagem para a segunda mão, na Luz, e realça que o foco já está no próximo jogo

– Pela primeira parte que fez o Sporting poderia ter conseguido outra  vantagem neste jogo?

– Estivemos sempre mais perto do golo do que o Benfica. Vamos em vantagem para o segundo jogo. Na primeira parte estivemos por cima, com boa posse de bola, boa agressividade, a recuperar a bola, na segunda parte também entrámos bem, nunca perdemos o controlo. O Benfica tem um golo sem fazer muito por isso. É certo que muitas das transições e algumas finalizações podíamos ter sido melhores. Fomos justos vencedores, estamos a meio da eliminatória, mas é muito bom estar em vantagem.  

– Devia ter fechado esta eliminatória aqui em Alvalade? Viu-se algum cansaço nos jogadores, por exemplo Gyokeres a desistir de alguns lances, o que não é nada normal?

– Ganhámos e isso ajuda a recuperar. Há jogadores, e já sabemos quem são, que não vão jogar de início num jogo que vai ser difícil, sabíamos que esta sequência ia ser muito difícil, vai ser assim até final do campeonato, já sabíamos isso, é dia a dia, jogo a jogo e rezar para que não haja mais lesões, porque isso limita muito. Ganhámos um dérbi, vamos em vantagem, sabemos que equipa é, mas vamos em vantagem, fazemos sempre golos e isso ajuda-nos, agora há que pensar no Farense.

– Qual foi o ponto mais baixo e mais alto do jogo? Está zangado apesar da vitória?

– Estou cansado, tal como os meus jogadores. Já estou a pensar no Farense, já sei que alguns não podem jogar e estou stressado. O importante, ao contrário do último dérbi aqui, é que nunca perdemos o controlo do jogo. Houve uma fase do jogo em que estava 2-0 e fomos nós a partir o jogo, para trás e para a frente, podíamos ter controlado de outra forma. Fomos muito competentes durante o jogo e vencemos justamente.

– O segundo golo anulado do Benfica faz recordar o golo anulado em Braga a Hjulmand, é um golo anulado nas mesmas circunstâncias?

Não falo de arbitragem. Na semana passada também ninguém me perguntou sobre a falta sobre o Pote, não comentei. Se não falo de umas coisas, e por vezes os meus jogadores ficam zangados comigo por isso, não falo desta situação, senão matam-me. Passou à frente do guarda-redes no momento do remate, acho que é a regra.

– Parece que aquela mochila de peso que o Trincão tinha às costas passou para Edwards.

– São fases, o que importa é saber que as coisas boas do Marcus vão voltar naturalmente, esforçou-se, recuperou muitas bolas, é um jogador especial e as coisas vão aparecer.

– Quais foram as diferenças deste jogo para o do campeonato?

– Melhorámos na capacidade de ter bola. Na Luz jogámos bem na primeira parte, mas tivemos dificuldades porque queríamos chegar rápido à baliza. Entrámos melhor na segunda parte, ninguém foi expulso, o que faz uma diferente incrível! A grande diferença foi mesmo a capacidade de ter bola e o número de jogadores na segunda parte.

Hjulmand fez um trabalho espetacular e Geny Catamo acrescenta muito ofensivamente, como comenta estas atuações?

– São características diferentes, jogando com o Reis num lado o Geny já tem passado como ala, até como interior, o que lhe dá uma bagagem tática diferente e tem aquilo que o Porro também tinha, que é tirar jogadores da frente. É pé esquerdo, vem para dentro com outra facilidade, no fundo não joga como lateral, mas como ala.

– O Benfica faz dois golos praticamente da mesma forma. A ausência de Gonçalo Inácio fez-se sentir?

–  São golos difíceis, o Di María, sendo esquerdino, cruza muito bem, as linhas não baixaram… E as linhas interior do Benfica o Osmande [Diomande] adaptou-se bem, mas tem algumas dificuldades em virar naquele lado, mas também teve coisas muito boas. Mas, controlámos o Benfica.

– Qual é o momento físico de St. Juste e Paulinho?

Paulinho e St. Juste vão ter que entrar, às vezes podíamos fazer uma preparação diferente, mas não temos tido treinos para isso. Mas, estão bem fisicamente, vão ter que entrar para ajudar.

– O Rúben é de travar a euforia, com discurso de jogo a jogo. Aos 65 minutos ouviram-se olés e no espaço de quatro minutos o Benfica marcou dois, embora um não tenha contado.

– Depois não começámos a facilitar, aqui ou ali devíamos ter controlado melhor, mas nunca perdemos o controlo. Foram dois momentos de rajada, sem que o Benfica estivesse a criar, isso não é bom, porque não controlamos os adeptos. Foram momentos muito rápidos em que nunca perdemos o controlo do jogo para isso acontecer.  

– Falta um mês para a segunda volta, espera um Benfica diferente?

– Não faço ideia. Imaginar um jogo daqui a um mês é muito difícil, não sabemos as lesões que cada equipa vai ter, mais perto vamos ver o que o Benfica tem utilizado.

– Grande influência de Hjulmand e Morita. Taticamente quão importantes foram?

– Muito! Jogam em desvantagem, mas são muito inteligentes com e sem bola, quando eles quebram fisicamente a equipa baixa um bocadinho. Esses dois complementam-se bem, são bons nas bolas paradas, são agressivos e fortes. São dois homens, impõe muito ritmo, tiveram grande influência, fizeram os dois um excelente jogo.  

Fonte: A Bola

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